A Europa, apesar de ser um dos menores continentes do globo terrestre, possui mais de 50 países distribuídos por diferentes regiões, abrigando algumas das nações mais influentes do mundo, tanto no aspecto econômico quanto no histórico.

A França quem o diga! Lembra do liberté, égalité e fraternité? Pois é, isso é culpa dos franceses. 

Então, se você já se perguntou quantos países existem na Europa, quais são suas capitais, ou como se distribuem em regiões como Europa Ocidental, Oriental, Central ou Meridional, este guia completo foi feito para você.

Neste artigo, você encontrará a lista de países da Europa em ordem alfabética, com informações detalhadas sobre sua população, área territorial, idiomas e moedas.

Também explicaremos as diferenças entre a Europa geográfica e a Europa política, além de destacar os maiores países da Europa, os blocos regionais mais importantes e o papel da cidadania europeia para brasileiros. 

Allons y!

Quantos países existem na Europa? 

Boa pergunta!

Hoje (ainda sem o resultado final da guerra entre Rússia e Ucrânia), a Europa conta com 53 países, de acordo com o The World Factbook, um dos bancos de dados geopolíticos mais respeitados do mundo, mantido pela CIA. 

Esse número inclui países soberanos plenamente reconhecidos, microestados e algumas entidades com reconhecimento parcial, que são relevantes do ponto de vista político e geográfico.

Número oficial de países reconhecidos pela ONU 

Pelo critério diplomático da ONU, são 44 países europeus plenamente reconhecidos. Esses países têm assento nas Nações Unidas, cumprem os requisitos de soberania nacional e integram o sistema internacional de relações exteriores.

Entre eles, estão todos os membros da União Europeia, países neutros como a Suíça, nações do Leste Europeu, os Bálcãs e ainda alguns territórios parcialmente asiáticos, como a Rússia e a Turquia, que possuem porções geográficas dentro da Europa.

Diferença entre Europa geográfica e Europa política 

A Europa geográfica compreende a porção continental limitada a leste pelos Montes Urais, ao sul pelo Mar Mediterrâneo, a oeste pelo Oceano Atlântico e ao norte pelo Oceano Glacial Ártico.

Porém, você deve saber que esta delimitação é puramente física, e que inclui até partes da Rússia, Geórgia, Azerbaijão e Turquia, ainda que esses países também façam parte da Ásia.

Já a Europa política é moldada por alianças e blocos econômicos, como a União Europeia (UE), o Espaço Schengen, a OTAN e a Zona do Euro.

Assim, países como Noruega e Suíça participam de acordos políticos europeus sem fazer parte da UE, e o Reino Unido mantém laços estreitos com a Europa, mesmo após o Brexit.

Microestados e territórios com reconhecimento limitado

Além dos países soberanos, a Europa também abriga microestados independentes e territórios disputados que compõem o mosaico político do continente. 

O Vaticano, por exemplo, é um desses territórios! Além de sede da Igreja Católica, ele obtém status de observador na ONU. Países menores, como Mônaco, San Marino, Andorra e Liechtenstein também estão inclusos nessa categoria. 

Infelizmente esse mesmo efeito não acontece com Kosovo que, apesar de ser reconhecido por mais de 100 países, ainda não é um membro pleno da ONU. A Moldávia, Abecásia e Ossétia do Sul (Geórgia), também não possuem reconhecimento da maioria dos países-membros da Organização das Nações Unidas.

50 países da Europa e suas capitais 

A melhor forma de compreender a diversidade europeia é conhecer a lista de países da Europa e suas capitais.

A seguir, apresentaremos todas as nações europeias em ordem alfabética, com suas respectivas capitais, seguindo os critérios geográficos e políticos mais amplos; e sim, abordaremos os microestados reconhecidos. 

Lista completa em ordem alfabética 

Vamos conferir os países europeus em ordem alfabética, com suas respectivas capitais: 

PaísCapital
AlbâniaTirana
AlemanhaBerlim
AndorraAndorra la Vella
ArmêniaYerevan
ÁustriaViena
AzerbaijãoBaku
BélgicaBruxelas
Bielorrússia (Belarus)Minsk
Bósnia e HerzegovinaSarajevo
BulgáriaSófia
ChipreNicósia
CroáciaZagreb
DinamarcaCopenhague
EslováquiaBratislava
EslovêniaLiubliana
EspanhaMadri
EstôniaTallinn
FinlândiaHelsinque
FrançaParis
GeórgiaTbilisi
GréciaAtenas
HungriaBudapeste
IrlandaDublin
IslândiaReykjavik
ItáliaRoma
KosovoPristina
LetôniaRiga
LiechtensteinVaduz
LituâniaVilnius
LuxemburgoLuxemburgo
MaltaValeta
MoldáviaChisinau
MônacoMônaco
MontenegroPodgorica
NoruegaOslo
Países Baixos (Holanda)Amsterdã
PolôniaVarsóvia
PortugalLisboa
Reino UnidoLondres
República TchecaPraga
RomêniaBucareste
RússiaMoscou
San MarinoSan Marino
SérviaBelgrado
SuéciaEstocolmo
SuíçaBerna
Turquia (parte europeia)Ancara
UcrâniaKiev
VaticanoCidade do Vaticano

Países que fazem parte da União Europeia 

A União Europeia (UE) é um dos principais blocos políticos e econômicos do mundo, reunindo atualmente 27 países-membros que compartilham valores comuns como democracia, livre mercado e respeito aos direitos humanos.

O bloco foi criado, oficialmente, com o Tratado de Maastricht em 1993, e teve como objetivo principal promover a integração econômica e política entre os países europeus.

Esses países, ao decidirem participar do bloco, acabam por aceitar alguns mecanismos, como: 

  1. adoção do Mercado Comum Europeu, com livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais;
  2. Zona do Euro, adotada por 20 dos 27 membros;
  3. Espaço Schengen, que permite a circulação sem fronteiras internas entre os países participantes.

Mas… espera, você não sabe quais são esses países que tanto falamos? Anota aí: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, República Tcheca, Romênia, Suécia. 

Você consegue perceber que nem todos os nomes listados aderiram ao euro, ou até mesmo ao Espaço Schengen; isto mostra que o nível de integração pode variar entre os membros, mas não altera o status do país dentro da UE. Ainda assim, todos compartilham regras comuns nas áreas de comércio, agricultura, meio ambiente, direitos dos consumidores e relações internacionais.

Países fora da UE e suas capitais

Apesar da forte integração promovida pela União Europeia, nem todos os países do continente europeu fazem parte do bloco.

Diversas nações europeias permanecem fora da UE por razões históricas, políticas, econômicas ou mesmo por decisão estratégica de manter maior autonomia nacional. 

Algumas dessas nações já estão no processo de adesão, outras mantêm acordos bilaterais com a UE, e há ainda aqueles países que preferem manter uma postura mais neutra, sem dar o braço a torcer. 

Alguns desses países, como Noruega, Islândia, Liechtenstein e Suíça, participam do Espaço Schengen e do Mercado Comum Europeu por meio de acordos específicos, apesar de não serem membros da UE.

Outros, como Bósnia e Herzegovina, Sérvia, Moldávia e Geórgia, estão atualmente em diferentes estágios do processo de adesão ao bloco.

O Reino Unido, por sua vez, deixou a União Europeia oficialmente em 2020 após o Brexit, mantendo relações comerciais e diplomáticas com o bloco, mas fora do seu sistema regulatório.

Países da Europa em ordem alfabética 

Uma das formas mais eficientes de se consultar e estudar os países do continente europeu é organizá-los em ordem alfabética, juntamente com informações complementares como siglas internacionais (ISO), área territorial, idioma oficial e moeda.

Essa organização permite visualizar de forma clara tanto os grandes países quanto os microestados europeus. 

Lista A-Z com siglas e área territorial 

Nosso time de especialistas montou uma lista de A-Z com todos os países da Europa, trazendo alguns dados como área territorial, idioma oficial e moeda, coisas úteis para estudantes, viajantes e interessados em geopolítica ou até mesmo no processo de cidadania europeia. 

Segue a lista
PaísSigla (ISO)Área (km²)Idioma OficialMoeda
AlbâniaAL28.748AlbanêsLek
AlemanhaDE357.022AlemãoEuro (€)
AndorraAD468CatalãoEuro (€)
ArmêniaAM29.743ArmênioDram armênio
ÁustriaAT83.879AlemãoEuro (€)
AzerbaijãoAZ86.600AzerbaijanoManat azerbaijano
BélgicaBE30.528Neerlandês, FrancêsEuro (€)
BielorrússiaBY207.600Bielorrusso, RussoRublo bielorrusso
Bósnia e HerzegovinaBA51.209Bósnio, Croata, SérvioMarco conversível
BulgáriaBG110.879BúlgaroLev búlgaro
ChipreCY9.251Grego, TurcoEuro (€)
CroáciaHR56.594CroataEuro (€)
DinamarcaDK43.094DinamarquêsCoroa dinamarquesa
EslováquiaSK49.035EslovacoEuro (€)
EslovêniaSI20.273EslovenoEuro (€)
EspanhaES505.992EspanholEuro (€)
EstôniaEE45.227EstonianoEuro (€)
FinlândiaFI338.145Finlandês, SuecoEuro (€)
FrançaFR551.695FrancêsEuro (€)
GeórgiaGE69.700GeorgianoLari
GréciaGR131.957GregoEuro (€)
HungriaHU93.028HúngaroForint húngaro
IrlandaIE70.273Inglês, IrlandêsEuro (€)
IslândiaIS103.000IslandêsCoroa islandesa
ItáliaIT301.340ItalianoEuro (€)
KosovoXK10.887Albanês, SérvioEuro (€)
LetôniaLV64.589LetãoEuro (€)
LiechtensteinLI160AlemãoFranco suíço
LituâniaLT65.300LituanoEuro (€)
LuxemburgoLU2.586Luxemburguês, Francês, AlemãoEuro (€)
MaltaMT316Maltês, InglêsEuro (€)
MoldáviaMD33.846RomenoLeu moldávio
MônacoMC2.02FrancêsEuro (€)
MontenegroME13.812MontenegrinoEuro (€)
NoruegaNO385.207NorueguêsCoroa norueguesa
Países Baixos (Holanda)NL41.543NeerlandêsEuro (€)
PolôniaPL312.696PolonêsZloty
PortugalPT92.090PortuguêsEuro (€)
Reino UnidoGB243.610InglêsLibra esterlina
República TchecaCZ78.866TchecoCoroa tcheca
RomêniaRO238.397RomenoLeu romeno
Rússia (parte europeia)RU3.960.000RussoRublo russo
San MarinoSM61ItalianoEuro (€)
SérviaRS77.474SérvioDinar sérvio
SuéciaSE450.295SuecoCoroa sueca
SuíçaCH41.290Alemão, Francês, Italiano, RomancheFranco suíço
Turquia (parte europeia)TR23.764TurcoLira turca
UcrâniaUA603.628UcranianoHryvnia
VaticanoVA0.44Italiano, LatimEuro (€)

Principais idiomas e moedas 

Entre os idiomas mais falados estão o inglês, não por ser considerado a língua oficial, mas sim pelo seu uso como idioma secundário.

Diferente do que imaginamos, o alemão é quem lidera em número de falantes nativos na Europa. 

Agora, no campo monetário, o euro (€) é a moeda oficial de 20 dos 27 países da União Europeia, consolidando-se como um dos pilares da economia regional.

No entanto, outras moedas seguem em circulação em países que optaram por manter sua soberania econômica, como a libra esterlina (Reino Unido), o franco suíço (Suíça e Liechtenstein), a coroa sueca, o zloty polonês, entre outras. 

Dados rápidos para consulta 

Se você busca um panorama geral das potências europeias, você veio ao lugar certo. 

A Alemanha é o país mais populoso da União Europeia, com cerca de 83 milhões de habitantes, e tem uma das maiores economias do mundo.

Contudo, se chegarmos em assuntos de terra, a França se destaca como o maior país totalmente europeu, com mais de 550 mil km² de extensão.

A Rússia não consegue este título pois é apenas parte europeia, e é isto que consideramos. 

Países como Itália e Espanha são referência no sul da Europa, com populações superiores a 45 milhões de pessoas e forte influência cultural e turística.

O Reino Unido, fora da União Europeia desde o Brexit, continua a ser uma potência econômica e política, com cerca de 67 milhões de habitantes.

No leste europeu, a Polônia e a Romênia são grande destaque por sua importância geopolítica e crescimento econômico recente.

A Suécia e os Países Baixos são exemplos de países menores em área, mas com altíssima qualidade de vida e papel relevante em inovação e sustentabilidade.

Anotou tudo? Já deixe esses nomes marcados para a sua próxima viagem ao continente europeu. 

Países da Europa Ocidental 

A Europa Ocidental é, sem exagero, o berço de todo o mundo ocidental.

Foi nesta região que nasceram as bases do pensamento moderno, das democracias parlamentares, das grandes revoluções industriais e de boa parte da cultura que moldou boa parte do globo.

Foi dela que vieram os grandes filósofos, como Sócrates, Aristóteles e Platão; a revolução artística com o período Renascentista, até a nossa literatura, a literatura brasileira, veio de lá.

Antônio Cândido e demais literatos afirmam que até meados do século XIX, nossa literatura não era “nossa”, e sim uma cópia da literatura francesa. 

Enfim, sem mais delongas, vamos conferir todos os países europeus que compõem o que conhecemos hoje como Europa Ocidental.

Quais países compõem essa região

Alemanha, França, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo compõem o coração da Europa Ocidental.

São países que não apenas compartilham fronteiras, mas também uma longa trajetória de cooperação econômica e diplomática, iniciada ainda no pós-guerra com a fundação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, embrião da atual União Europeia.

A esse grupo somam-se a Suíça e a Áustria, que, embora neutras em questões militares e fora da OTAN, compartilham dos mesmos valores sociais e econômicos.

O Reino Unido e a Irlanda também integram essa região, mesmo após o Brexit, devido à sua relevância histórica e posição geográfica.

Por fim, países como Liechtenstein e Mônaco, embora pequenos em território, fazem parte do cenário ocidental por seus laços econômicos, financeiros e culturais.

Destaques econômicos e culturais 

A Europa Ocidental abriga algumas das economias mais fortes atualmente.

A Alemanha, que já conhecemos por ser uma das maiores potências de toda a Europa, e a França, que juntas lideram o bloco europeu em termos de PIB, exportações e inovação tecnológica.

Além disso, esses dois países exercem influência em setores como energia, indústria automotiva e farmacêutica.

O Reino Unido, mesmo após sua saída da UE, mantém sua relevância por meio de seus aspectos diplomáticos e culturais. Londres, Paris, Frankfurt e Amsterdã são cidades que, apesar de tudo, estão entre os principais centros econômicos do mundo.

Já tratando do âmbito cultural, a Europa Ocidental é sinônimo de patrimônio e criatividade. Museus, universidades históricas e tradições artísticas milenares convivem com inovações nas áreas de moda, design, cinema e literatura.

Cidades como Viena, Bruges, Genebra e Dublin carregam séculos de história em suas ruas, enquanto também abrigam festivais contemporâneos, startups e outras instituições internacionais.

Relação com a União Europeia e OTAN 

Países como Alemanha, França, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo deram os primeiros passos para criar o que mais tarde se tornaria a UE, unindo forças para garantir paz, cooperação e crescimento econômico depois da Segunda Guerra Mundial.

Hoje, esses países continuam no centro das decisões que moldam o futuro do bloco: lideram projetos de inovação, sustentabilidade, mobilidade entre fronteiras e políticas sociais.

Já países como Áustria e Irlanda, embora tenham se juntado mais tarde, também têm um papel de destaque dentro da estrutura europeia.

Mesmo fora da UE, a Suíça e Liechtenstein mantêm acordos bem próximos com o bloco, o que facilita a circulação de bens e pessoas.

O mais surpreendente é que essa história se repete com a OTAN.

A maioria dos países da Europa Ocidental é membro ativo da aliança. França, Reino Unido, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo foram seus membros fundadores, o que mantém os laços entre os dois blocos muito próximos. 

Mas, como a OTAN não é apenas um grupo escolar, não basta ser apenas um filiado.

Os países que compõem essa aliança abrigam bases militares americanas, participam de operações conjuntas e compartilham inteligência militar.

O Reino Unido, por exemplo, é um dos maiores aliados dos EUA dentro da organização, com forte atuação no comando estratégico.

A França, embora tenha se afastado parcialmente da estrutura militar integrada por algumas décadas, voltou a participar ativamente a partir de 2009.

Mesmo países tradicionalmente neutros, como a Suíça e a Áustria, mantêm relações de cooperação com a OTAN, especialmente em missões de paz e acordos de treinamento, embora não sejam membros formais.

Países da Europa Oriental 

Se no passado a região foi associada a regimes autoritários e economias planificadas (alô URSS!), hoje ela vive um processo contínuo de reintegração com o Ocidente, embora em ritmos variados.

Enquanto alguns países já fazem parte da União Europeia e da OTAN, outros ainda enfrentam instabilidade política, disputas territoriais e desafios socioeconômicos que afetam sua aproximação com o restante do continente. 

Vamos entender um pouco mais sobre como esses desafios pós mundo socialista podem transformar essa pequena região?

Transformações históricas após a URSS 

A queda da União Soviética, em 1991, foi um divisor de águas para a Europa Oriental.

Até então, muitos dos países da região estavam sob regimes comunistas alinhados a Moscou, com economias centralizadas, forte presença militar e restrições severas à liberdade individual.

Com o colapso do bloco soviético, abriu-se um novo capítulo: o da transição para a democracia e a economia de mercado.

Essa transição, no entanto, foi desigual e cheia de desafios, como pode-se imaginar. Países como Polônia, Hungria, República Tcheca e Eslováquia avançaram rapidamente, implementando reformas estruturais e integrando-se à União Europeia e à OTAN no início dos anos 2000. 

Já outras nações, como Ucrânia, Bielorrússia e Moldávia, enfrentaram trajetórias mais instáveis, com crises políticas, disputas territoriais e pressões externas, especialmente da Rússia.

Cenário que, como sabemos, ainda não houve tantas alterações, principalmente quando falamos de Rússia e Ucrânia. 

O período pós-URSS também trouxe transformações sociais profundas. A abertura para o mundo ocidental expôs essas sociedades a novos valores, mercados e fluxos migratórios.

Muitos jovens deixaram seus países em busca de melhores oportunidades, enquanto governos locais precisaram equilibrar tradição e modernização.

Do ponto de vista geopolítico, a dissolução da URSS redefiniu o mapa europeu. Novas fronteiras surgiram, antigos conflitos étnicos vieram à tona e alianças estratégicas foram repensadas.

O passado soviético ainda pesa sobre a identidade e a política de muitos desses países, mas também impulsionou debates sobre soberania, integração europeia e desenvolvimento autônomo.

Perfil político e socioeconômico atual 

Como vimos, essa transição de regimes políticos e econômicos gerou algumas hachuras no desenvolvimento dos países da Europa Oriental. 

A Polônia, assim como República Tcheca, Eslováquia, Estônia, Letônia e Lituânia conseguiram se desenvolver após suas polêmicas históricas, e hoje atraem investimentos estrangeiros, impulsionando o setor de tecnologia e melhorando seus indicadores sociais, como educação e expectativa de vida.

Muitos deles adotaram políticas liberais, reduziram o desemprego e passaram a exercer maior influência dentro do bloco europeu.

Contudo, como podemos ver nos jornais, a Bielorrússia permanece sob um regime autoritário com forte controle estatal e alianças estreitas com a Rússia; a Moldávia busca um equilíbrio entre sua herança soviética e a aproximação com o Ocidente, enquanto a Ucrânia, marcada pela guerra desde 2014 e intensificada em 2022, segue em luta por soberania, estabilidade e reconstrução.

A polarização política e a influência externa, principalmente vindo da Rússia e, mais recentemente, dos EUA, continuam impactando o ambiente institucional de vários desses países.

Países em conflito ou instabilidade diplomática 

Infelizmente, a Europa Oriental continua sendo palco de tensões geopolíticas que afetam não apenas a estabilidade regional, mas também a segurança de todo o continente.

O mais recente caso da Ucrânia não deixa de nos perseguir, principalmente com brasileiros se alistando, por vontade própria, ao exército ucraniano. 

O conflito não apenas devastou cidades e forçou milhões de pessoas a deixarem o país, como também reacendeu o debate sobre fronteiras, soberania e segurança energética na Europa.

Há ainda tensões em menor escala nos Bálcãs, especialmente entre Sérvia e Kosovo, e olha que já falamos da situação da Bielorrússia e Moldávia!

Países da Europa Central 

Bem, como o nome já diz, a Europa Central nada mais é que o centro de todo o continente europeu.

Foi aqui que se iniciou a expansão do Sacro Império Romano-Germânico até os rearranjos territoriais pós-Segunda Guerra Mundial e o colapso do bloco soviético. 

Localização geográfica e fronteiras 

Definir a Europa Central não é uma tarefa simples, já que o conceito varia conforme o ponto de vista histórico, político ou cultural.

De forma geral, a região abrange países situados entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental, com fronteiras que dialogam tanto com o norte quanto com o sul do continente.

Geograficamente, a Europa Central costuma incluir Alemanha, Polônia, Áustria, Suíça, República Tcheca, Eslováquia, Hungria e, em alguns contextos, Eslovênia e Liechtenstein.

Esses países estão próximos uns dos outros e compartilham elementos comuns, como a predominância de cadeias montanhosas, planícies férteis e importantes bacias hidrográficas, como a do rio Danúbio.

Papel da Alemanha e Áustria na região 

Alemanha e Áustria têm um papel central (em todos os sentidos!) na definição da Europa Central. 

A Alemanha, além de ser a maior economia da Europa, é vista como o motor político e industrial do continente.

Ela é cercada por 9 países, e é comumente considerada o ponto de intersecção entre o lado leste e oeste da Europa.

Sua influência vai além do setor automotivo, indo para infraestrutura, energias sustentáveis e exportação, daí seu grande peso na União Europeia. 

Já nossa queridíssima Áustria, embora menor em território e população, não peca quando falamos de influência no meio político e econômico da região.

Primeiro, pois foi sede do Império Austro-Húngaro, que dominou boa parte da Europa Central até o início do século XX; e, segundo, por manter vínculos culturais e linguísticos com diversos países fronteiriços, como Hungria, República Tcheca, Eslováquia e Eslovênia.

Viena, sua capital, serve inclusive como sede da ONU e da OPEP. 

Conexões com as demais regiões da Europa 

Uma das características mais marcantes da Europa Central é sua capacidade de se conectar naturalmente com todas as outras regiões do continente.

Por exemplo, com a Europa Ocidental, os vínculos mantidos são mais econômicos, e históricos.

Já com a Europa Oriental, essas conexões tendem a ser mais estratégicas e políticas, sobretudo no que diz respeito à segurança, energia e migração.

Países da Europa Meridional 

A Europa Meridional, ou Europa do Sul, é onde o continente mostra seu lado mais ensolarado, vibrante e apaixonado. É aqui que ficam países como Itália, Espanha, Portugal e Grécia, o berço do mundo! 

A região atrai milhões de turistas, todos os anos, mas também enfrenta seus desafios, como diferenças econômicas em relação ao norte da Europa e a chegada constante de imigrantes vindos do norte da África e do Oriente Médio.

Clima mediterrâneo e características culturais 

O clima é uma das marcas registradas da Europa Meridional.

Com verões longos, quentes e secos, e invernos curtos e amenos, essa região tem uma atmosfera que convida a viver ao ar livre, seja em cafés à beira-mar, praças movimentadas ou campos ensolarados.

Civilizações como a grega e a romana nasceram aqui, e seus legados ainda estão vivos na arquitetura, na língua, na religião e até na maneira de se relacionar com o tempo.

Em países como Itália, Espanha, Grécia e Portugal, o dia costuma começar mais tarde, as refeições são momentos sagrados e o tempo com a família e os amigos é valorizado como parte essencial da rotina.

Além disso, a arte, a música e a gastronomia têm um papel enorme na identidade desses países.

Cada cidade, por menor que seja, carrega um traço próprio, uma festa tradicional, uma receita local. Já imaginou adotarmos a siesta espanhola aqui no Brasil, que delícia seria?

Países com litoral extenso e turismo forte 

Se tem uma coisa que define bem a Europa Meridional, é o mar.

Quase todos os países dessa região contam com um litoral generoso, que banha as águas do Mediterrâneo, do Adriático ou do Atlântico.

Itália, por exemplo, tem mais de 7.000 km de costa.

A Espanha, por sua vez, mistura as praias do Mediterrâneo com as do Atlântico, recebendo milhões de visitantes por ano nas regiões da Andaluzia, Catalunha e nas ilhas Baleares e Canárias.

Já Portugal, voltado para o Atlântico, é conhecido pelas falésias do Algarve, ondas perfeitas para o surfe e centros históricos como Lisboa e Porto.

A Grécia não fica de fora.

Ela é um dos destinos mais adorados por turistas, isto pelas suas ilhas como Santorini, Mykonos e Creta, que combinam praias de águas cristalinas com vilarejos brancos de contos mitológicos.

Até a Croácia e Montenegro, que às vezes entram como parte dos Bálcãs, compartilham desse perfil litorâneo voltado ao turismo.

Relação com o sul global e imigração africana 

Não dá para negar que a localização da Europa Meridional faz dela a principal porta de entrada do continente para pessoas vindas do norte da África e do Oriente Médio. Países como Itália, Espanha e Grécia estão na linha de frente dos fluxos migratórios que conectam a Europa ao chamado sul global, especialmente por meio do mar Mediterrâneo. 

Nos últimos anos, a imigração tem gerado debates intensos na região. De um lado, há o desafio de lidar com crises humanitárias, resgates marítimos e integração social.

De outro, muitos setores da economia, como agricultura, construção civil e serviços, dependem da mão de obra estrangeira.

Colonizaram e, agora, não querem que seus filhos colham os frutos de um país mais plural e culturalmente rico. 

Os 3 maiores países da Europa

Quando falamos sobre os maiores países da Europa, geralmente estamos nos referindo à extensão territorial, embora, em muitos casos, tamanho também venha acompanhado de influência econômica, política e cultural. Já reparou no mapa mundi?

Pois é, se eu te contar que ele está ao contrário, e que a parte sul do que vemos é muito superior (em questões territoriais)? 

A seguir, você verá quais são os três países que lideram o ranking em termos de área e o que isso representa dentro do contexto europeu.

Ranking por área territorial 

Em termos de território, os três maiores países da Europa são Rússia, Ucrânia e França. Veja bem, aqui nós só consideramos a parte russa que se encontra em território europeu, e não o país inteiro. 

  1. Rússia (parte europeia) – Embora grande parte do território russo esteja na Ásia, sua porção europeia ainda é a maior entre os países do continente, com cerca de 3,9 milhões de km². Essa área abriga grandes cidades como Moscou e São Petersburgo, e concentra boa parte da população russa.
  2. Ucrânia – Com aproximadamente 603 mil km², a Ucrânia é o maior país inteiramente localizado na Europa. Seu tamanho territorial foi, inclusive, um dos fatores que a tornou geopoliticamente estratégica, especialmente nas disputas com a Rússia e nas negociações com a União Europeia.
  3. França – ocupa cerca de 551 mil km², sendo a maior nação da União Europeia em termos territoriais. 

Comparativo de população e influência 

Embora o território seja um fator importante, ele não anda sozinho. População e influência geopolítica também pesam bastante quando falamos dos maiores países da Europa. E nesse ponto, o ranking muda um pouco.

A Rússia, mesmo considerando só sua parte europeia, continua sendo altamente influente.

Moscou é uma das maiores metrópoles do continente e o país tem presença marcante em temas como energia, defesa e diplomacia.

No entanto, seu envolvimento em conflitos como o da Ucrânia tem gerado sanções e afastamento de várias nações europeias. 

Já a Ucrânia, apesar do tamanho, tem uma população menor em comparação a outras potências, em torno de 36 milhões de habitantes, fato que se encontra em queda, por causa da guerra e migrações.

A França, bem, além de extensa, combina uma população expressiva (mais de 67 milhões de habitantes) com a posição de membro-fundador da União Europeia, e possui uma das vozes mais influentes da ONU e OTAN.

Conclusão 

A Europa é um continente incrivelmente diverso — não apenas em cultura, línguas e tradições, mas também em história, geopolítica e identidades regionais.

São mais de 50 países com histórias próprias, idiomas únicos e culturas que se entrelaçam ao longo dos séculos.

Conhecer os países da Europa vai além de memorizar mapas e capitais, é mergulhar em um mosaico vivo de civilizações, tradições e transformações.

É entender como o continente evoluiu, como suas nações interagem e como, mesmo com tantas diferenças, seguem buscando unidade e cooperação.

A Europa é diversa e geograficamente estratégica 

Do ponto de vista geográfico, a Europa reúne tudo: montanhas, vales, litorais, planícies e metrópoles históricas. Cada região, seja a Ocidental, Oriental, Central ou Meridional, tem seu papel no equilíbrio continental, com realidades únicas, mas interligadas.

Entrar na Europa com cidadania europeia 

Para quem tem cidadania europeia, morar, estudar ou trabalhar na Europa torna-se muito mais fácil.

Brasileiros com dupla cidadania, como italiana, portuguesa, espanhola ou alemã, têm o direito de circular livremente entre os países da União Europeia, sem precisar de visto ou algum tipo de autorização.

Essa vantagem garante acesso a empregos, universidades, sistemas públicos de saúde e uma qualidade de vida reconhecida internacionalmente.

Ter uma cidadania europeia é mais do que um documento: é um passaporte para novas oportunidades, segurança jurídica e liberdade de escolha em um dos lugares mais desejados do mundo para viver. 

A boa notícia? Esses benefícios estão mais perto do que você imagina, e você não precisa fazer isso sozinho.

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