A busca pela cidadania portuguesa para neto com avó ou avô falecido é mais comum do que se imagina.
Muitos descendentes de portugueses têm dúvidas se o falecimento do ascendente direto impede o reconhecimento ou até qual geração é possível reconhecer a cidadania portuguesa.
A boa notícia é que, mesmo nessa situação, é possível sim obter a cidadania portuguesa, desde que cumpridos os requisitos legais e documentais.
Essa possibilidade tem atraído cada vez mais brasileiros interessados em estudar, trabalhar ou morar em Portugal, já que o país oferece qualidade de vida, segurança e acesso facilitado à União Europeia.

A cidadania portuguesa ainda é possível se o avô faleceu?
O falecimento do avô ou avó portugueses não anula o direito à cidadania para os netos.
Isso porque a cidadania é um direito de sangue (ius sanguinis), transmitido por descendência, e não está condicionada à vida do ascendente.
Em tese, o importante é comprovar documentalmente essa linha de herança familiar.
Contudo, em alguns processos de cidadania portuguesa, a certidão de óbito nem é exigida para compor a pasta do neto.
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Requisitos legais para netos por descendência
De acordo com a Lei da Nacionalidade Portuguesa, os netos de portugueses podem solicitar a cidadania se comprovarem a descendência direta, ligação efetiva com a comunidade e apresentarem os documentos exigidos.
A comprovação de vínculos pode incluir o domínio do idioma, residência legal em Portugal ou participação em associações culturais portuguesas.
Além disso, a lei prevê que menores de idade também podem ter direito, desde que o pedido seja feito por seus responsáveis legais.
Isso reforça a ideia de que a cidadania é pensada como um direito familiar, preservado através das gerações.
Importância do cartório e certidões do avô falecido
Mesmo falecido, o avô português é a peça-chave no processo. As certidões de nascimento, casamento e óbito dele serão fundamentais para estabelecer a linha de descendência.
Por isso, é indispensável localizar esses registros em cartórios no Brasil ou em conservatórias em Portugal, evitando erros ou lacunas que atrasem a análise.
Como conseguir cidadania portuguesa nesse caso específico
Obter a cidadania nessa situação exige atenção redobrada à documentação e aos trâmites.
O processo segue as mesmas etapas de um pedido regular, mas com exigências extras relacionadas ao ascendente já falecido.
Por isso, é importante começar reunindo todos os documentos com antecedência e, se possível, digitalizá-los, para facilitar consultas e evitar perdas.
Documentação necessária — mesmo com ascendente falecido
O processo de cidadania portuguesa para netos exige um conjunto de documentos tanto do requerente quanto do ascendente português.
Quando o avô já faleceu, acrescenta-se a necessidade de comprovação do óbito, junto de todos os registros civis que demonstrem a linha de sangue.
Na prática, significa reunir três gerações de documentos: os do avô português, os do pai ou mãe que faz a ponte da linhagem, e os do próprio requerente.
Certidão de óbito do avô e documentos legais exigidos
A certidão de óbito do avô deve ser apresentada em inteiro teor, preferencialmente digitalizada e autenticada.
Além disso, é importante reunir a certidão de nascimento do avô português, seu casamento (se houver) e documentos dos descendentes intermediários — como o pai ou mãe do requerente.
Todos esses registros devem ser apostilados segundo a Convenção de Haia.
Esse apostilamento é realizado em cartórios autorizados no Brasil e validam internacionalmente os documentos.
Em alguns casos, pode ser necessário também traduzir a documentação para o português europeu, por meio de tradução juramentada.
Linha de consanguinidade: pai/mãe como elo legal
Mesmo que o avô esteja falecido, o direito é preservado através do pai ou mãe descendente dele.
Assim, o requerente deve comprovar que é filho de alguém que, por sua vez, era filho do português.
Caso o pai ou mãe também tenha falecido, as certidões de ambos serão igualmente exigidas para manter a continuidade da linhagem.
Esse elo jurídico é o que mantém a legitimidade do pedido.
Onde solicitar (Consulados e Conservatória)
O pedido pode ser feito nos Consulados de Portugal no Brasil ou diretamente em Conservatórias em Portugal, como a Conservatória dos Registos Centrais, em Lisboa.
O tempo de tramitação varia conforme o local, mas muitos especialistas indicam que processos em Portugal costumam ser mais ágeis e centralizados.
Em contrapartida, os consulados brasileiros podem ser uma alternativa prática para quem não deseja enviar documentos ao exterior, embora a fila de espera geralmente seja maior.
Bisneto com avô falecido: é elegível à cidadania?
Uma das maiores dúvidas dos descendentes é se os bisnetos de portugueses têm o mesmo direito.
A lei é clara: bisnetos não têm direito automático, mas podem ter acesso se os pais (netos do português) obtiverem a nacionalidade antes.
Vale lembrar que no caso dos bisnetos, todos os ascendentes do requerente (ou pelo menos o seu avô) devem estar vivos. Caso contrário, não será possível solicitar a cidadania portuguesa.
Isso significa que a cidadania não “salta” gerações.
Esse detalhe costuma gerar confusão, mas a regra é simples: cada geração precisa estar documentada e reconhecida para que a nacionalidade avance à seguinte.
Como funciona a herança de nacionalidade em linha direta
A transmissão da nacionalidade portuguesa ocorre sempre em linha direta.
Ou seja, um português transmite ao filho, que transmite ao neto, e assim por diante. No caso do bisneto, é necessário que o pai ou mãe já seja cidadão português reconhecido, para então passar a ter direito.
Assim, o caminho mais seguro para bisnetos é apoiar-se no pedido do pai ou mãe inicialmente, e só depois ingressar com o processo próprio.
Procedimentos para neto cujo pai ou mãe também faleceu
Se o pai ou mãe, descendentes diretos do português, também já tiverem falecido, a linha de herança ainda é válida.
Nesse caso, além da certidão de óbito do avô português, será necessário apresentar a certidão de óbito do pai ou mãe, reforçando o vínculo entre as gerações de forma documental.
Isso demonstra que, mesmo com múltiplos falecimentos na linha familiar, a legislação reconhece o direito de nacionalidade desde que a documentação esteja completa e coerente.
Prazo e custos envolvidos
Quanto tempo leva o processo quando o avô está falecido
O tempo médio para análise varia de 18 a 36 meses, podendo ser maior dependendo do volume de processos e da clareza da documentação.
Quando há falecimento de ascendentes, é comum que os prazos se estendam, já que conservatórias podem solicitar retificações ou certidões complementares.
Ou seja, nos pedidos de cidadania portuguesa, quanto mais distante o parentesco do requerente com o português que transmite a cidadania, mais demorado será o processo.
Em alguns casos mais complexos, especialmente quando há divergências documentais, o processo pode ultrapassar 3 anos.
Por isso, iniciar a organização dos papéis o quanto antes é essencial.
Custos com legalização e tradução de documentos do avô
Além da taxa oficial de processo (em média 175 a 200 euros para netos), é preciso considerar os custos extras: emissão de segundas vias em cartórios, apostilamento em cartórios habilitados, e traduções juramentadas para o português europeu quando exigido. Isso pode elevar o investimento total.
No Brasil, cada apostilamento pode custar entre R$ 80 e R$ 150, dependendo do cartório e da região.
Já as traduções juramentadas variam conforme o tamanho do documento, mas geralmente ficam entre R$ 100 e R$ 300 por certidão.
Dicas práticas para agilizar o processo nessa situação
Ingressar com predições judiciais (quando aplicável)
Em alguns casos, quando há divergências em certidões (como nomes grafados de forma diferente), pode ser necessário ingressar com pedidos de retificação judicial.
Antecipar essas correções evita que o processo seja suspenso em Portugal e garante maior celeridade na análise.
Essa etapa pode parecer trabalhosa, mas poupa meses de espera em exigências complementares feitas pela Conservatória.
Evite erros comuns em certidões de óbito e ascendência
Datas inconsistentes, sobrenomes diferentes ou ausência de informações completas nas certidões são falhas que atrasam a cidadania.
Por isso, antes de enviar os documentos, é recomendável revisar cada detalhe ou contar com especialistas que possam identificar possíveis problemas documentais.
Um erro simples, como a falta de indicação da naturalidade em uma certidão, pode gerar exigências que atrasam o processo em até um ano.
Quando vale a pena buscar assessoria jurídica especializada
Apesar de ser possível iniciar o processo sozinho, contar com escritórios ou consultores especializados em cidadania portuguesa pode reduzir erros e acelerar o trâmite para a tão sonhada cidadania portuguesa.
Profissionais conhecem os trâmites consulares e conservatórias, além de orientar sobre exigências específicas em casos de ascendentes falecidos.
Essa assessoria também ajuda em estratégias específicas, como escolher a conservatória mais rápida ou preparar os documentos de forma padronizada, evitando retrabalho.
FAQ
Sim, netos e bisnetos com avô falecido ainda têm direito
O falecimento do avô português não elimina o direito dos netos à cidadania. O essencial é reunir os documentos corretos que comprovem a descendência e manter a linha de transmissão legalmente reconhecida pelas autoridades portuguesas.
Essa possibilidade é um reconhecimento da força da ancestralidade e do valor que Portugal dá à preservação da comunidade espalhada pelo mundo.
É possível provar a linhagem mesmo com um ascendente falecido
Com certidões de nascimento, casamento e óbito, é possível reconstruir toda a linha de ascendência.
Esse processo pode ser burocrático, mas garante que a herança cultural e jurídica se mantenha viva, mesmo quando o antepassado já não está presente.
Além disso, reunir e preservar essa documentação fortalece a identidade familiar e valoriza as raízes portuguesas no seio da família.
Reunir documentação completa e seguir os passos oficiais é essencial
O sucesso do pedido depende de organização e clareza documental.
Seguindo os requisitos da lei e cumprindo cada etapa, é plenamente possível conquistar a cidadania portuguesa, honrando a memória do avô falecido e fortalecendo os laços da família com Portugal.
Preciso da certidão de óbito do avô para pedir cidadania?
Sim. No entanto, há Consulados e Conservatórias que não exigem a certidão de óbito na composição da pasta do requerente.
O pai ou mãe também falecido interfere no processo?
Nesse caso é possível solicitar a cidadania portuguesa pulando uma geração. No entanto, esse tipo de processo exige a comprovação de laços culturais com Portugal.
Onde solicitar a cidadania portuguesa quando o ascendente já faleceu?
A cidadania portuguesa é solicitada nos Consulados de Portugal no Brasil ou nas Conservatórias em Portugal.
Mais do que um direito jurídico, a cidadania é também um reencontro com a história familiar e uma ponte para novas oportunidades em Portugal e na Europa
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