O italiano é uma das línguas mais belas e expressivas do mundo — e não é à toa que desperta tanto interesse entre os brasileiros.

Quando pensamos em países que falam italiano, é comum lembrar apenas da Itália, mas o idioma ultrapassa fronteiras, levando consigo séculos de história, arte e tradição.

Além de sua presença em outros territórios europeus, a língua italiana também marcou profundamente a cultura e o cotidiano de países como o Brasil e a Argentina.

Neste artigo, vamos explorar onde se fala italiano, entender o contexto histórico da expansão do idioma, suas conexões culturais e como esse legado se reflete hoje, inclusive no direito à cidadania italiana iure sanguinis e à cidadania italiana por casamento.

Onde o italiano é falado oficialmente no mundo

A língua italiana no mundo é reconhecida não apenas por sua sonoridade e beleza, mas também por seu alcance.

Embora a Itália seja o berço natural do idioma, outros países adotam o italiano como língua oficial, um reflexo da influência política, cultural e religiosa que o país exerceu ao longo dos séculos.

Itália – o berço da língua italiana

A Itália é o coração da língua italiana, nascida da evolução do latim vulgar falado no Império Romano. O dialeto toscano, sobretudo o florentino de Dante Alighieri, consolidou-se como base do idioma moderno.

Hoje, o italiano é falado por mais de 60 milhões de pessoas no país e continua sendo símbolo de identidade nacional.

A riqueza linguística italiana vai além do idioma padrão. Diversos dialetos regionais — como o napolitano, o siciliano e o vêneto — convivem com o italiano oficial, reforçando o caráter diverso da cultura local.

Suíça – regiões bilíngues e importância cultural

Na Suíça, o italiano é uma das quatro línguas oficiais, ao lado do alemão, francês e romanche. É predominante no cantão do Ticino e em parte do cantão dos Grisões, no sudeste do país.

Essas regiões refletem a conexão histórica com o norte da Itália, especialmente no campo cultural e gastronômico.

Além disso, a Suíça abriga uma das maiores comunidades de italianos expatriados, o que mantém viva a tradição linguística e fortalece o intercâmbio entre as duas nações.

San Marino e Vaticano – pequenos países, grande herança

San Marino, a república mais antiga do mundo, adota o italiano como língua oficial e mantém laços estreitos com a Itália. Apesar do tamanho diminuto, sua identidade nacional é fortemente marcada pela língua e pela cultura italiana.

O mesmo acontece com o Vaticano, onde o italiano é o idioma do dia a dia. Embora o latim tenha papel litúrgico, o italiano é usado em documentos oficiais e nas comunicações internas, reforçando a centralidade cultural de Roma.

Croácia e Eslovênia – comunidades italianas históricas

Na região do Mar Adriático, especialmente na península da Ístria, o italiano também é reconhecido como idioma cooficial em cidades croatas e eslovenas.

Isso se deve à antiga dominação veneziana e à presença de comunidades italianas que mantiveram viva sua língua e tradições por séculos.

Hoje, o bilinguismo nessas áreas representa um patrimônio cultural compartilhado, símbolo da convivência entre povos e da influência histórica da Itália no leste europeu.

Países e regiões onde o italiano é reconhecido ou amplamente falado

Mesmo onde não tem status oficial, o italiano é falado e compreendido por milhões de pessoas. Em parte, isso se deve às ondas migratórias que levaram italianos a diferentes continentes entre os séculos XIX e XX.

Argentina e Uruguai – influência italiana na imigração

A imigração italiana deixou marcas profundas na América do Sul, especialmente na Argentina e no Uruguai. Estima-se que cerca de 60% dos argentinos tenham algum grau de ascendência italiana.

O resultado é um idioma local permeado por expressões italianas e uma cultura fortemente influenciada pelos costumes da península.

Em Buenos Aires, é comum ouvir palavras de origem italiana e perceber gestos e entonações típicas da Itália no modo de falar. Um reflexo do convívio linguístico entre imigrantes e nativos.

Brasil – descendentes e impacto cultural

O Brasil também recebeu milhões de italianos, principalmente entre o final do século XIX e início do XX. Esses imigrantes se estabeleceram em diferentes regiões, com destaque para o Sul e o Sudeste.

Os descendentes de italianos no Brasil preservaram elementos da língua e da cultura de seus antepassados.

No interior do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, ainda é possível encontrar comunidades que falam dialetos como o talian — mistura do vêneto com o português brasileiro.

A influência italiana na cultura brasileira é evidente na culinária, na música, na arquitetura e até na maneira calorosa de se expressar. Palavras como “pizza”, “macarrão”, “tchau” e “festa” são exemplos de italianismos incorporados ao português.

Alemanha, Bélgica e Luxemburgo – italianos na diáspora

Durante o pós-guerra, milhares de italianos migraram para a Europa Central em busca de trabalho. Na Alemanha, Bélgica e Luxemburgo, o italiano se tornou uma língua comum entre comunidades de imigrantes e seus descendentes.

Esses grupos mantêm associações culturais, escolas e eventos que promovem o ensino e a preservação da língua italiana no mundo. Assim, o idioma segue vivo muito além das fronteiras da Itália.

Cidadania italiana por casamento e a exigência do italiano B1

Com a crescente busca por dupla nacionalidade, muitos brasileiros têm interesse em obter a cidadania italiana por casamento.

Desde 2018, o governo italiano passou a exigir comprovação de proficiência em língua italiana para esse tipo de reconhecimento.

O que significa proficiência nível B1

O nível B1, conforme o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas, indica que a pessoa consegue compreender e se comunicar em situações cotidianas, expressar opiniões e lidar com textos simples.

Como comprovar o domínio da língua italiana

Para comprovar o domínio do idioma, é necessário apresentar um certificado emitido por instituições reconhecidas pelo governo italiano, como a Università per Stranieri di Siena (CILS), a Università per Stranieri di Perugia (CELI) ou a Società Dante Alighieri (PLIDA).

Cursos e exames de certificação

Existem cursos presenciais e online voltados à preparação para esses exames. Além de serem um requisito formal, eles representam uma oportunidade para mergulhar na cultura italiana e se conectar com as origens familiares de forma mais profunda.

Palavras brasileiras de origem italiana

A imigração deixou marcas não apenas na sociedade, mas também no idioma falado no Brasil.

Vocabulário do dia a dia herdado da imigração

Expressões e palavras italianas foram incorporadas ao português brasileiro, principalmente no vocabulário cotidiano. Termos como “bambino”, “ciao”, “pasta”, “bella” e “mamma mia” tornaram-se populares e facilmente reconhecíveis.

Expressões regionais no Sul do Brasil

Nas comunidades formadas por descendentes de italianos, especialmente no Sul, o bilinguismo ainda é uma realidade.

O talian, reconhecido como patrimônio cultural do Brasil, mistura o português com o dialeto vêneto e é usado em conversas informais, músicas e festas típicas.

Gastronomia: italianismos presentes no português

A cozinha é talvez o campo mais visível da influência italiana. Palavras como “macarronada”, “lasanha”, “polenta” e “molho” entraram de vez na linguagem popular, reforçando o elo cultural entre Brasil e Itália.

Por que tantos brasileiros têm direito à cidadania italiana

Milhões de brasileiros podem solicitar a cidadania italiana iure sanguinis, ou seja, o direito de sangue. Essa regra reconhece que o vínculo com a Itália é transmitido por descendência, independentemente do local de nascimento.

A imigração italiana no Brasil e suas raízes

Entre o fim do século XIX e o início do XX, mais de 1,5 milhão de italianos chegaram ao Brasil.

Vieram principalmente para trabalhar nas lavouras de café e depois se estabeleceram em centros urbanos, contribuindo para o desenvolvimento econômico e cultural.

O princípio do “iure sanguinis” (direito de sangue)

A legislação italiana reconhece como cidadão todo aquele que descende de um italiano, desde que a linhagem não tenha sido interrompida por renúncia formal à cidadania.

Por isso, muitos brasileiros têm direito ao reconhecimento, bastando comprovar a árvore genealógica e reunir os documentos corretos.

Quem pode solicitar e principais requisitos

Podem solicitar a cidadania os descendentes diretos de italianos: filhos, netos, bisnetos e até gerações mais distantes, dependendo do caso.

É preciso apresentar certidões de nascimento, casamento e óbito dos antepassados, devidamente traduzidas e apostiladas.

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Ter a cidadania italiana é mais do que obter um segundo passaporte, é reconectar-se a uma herança familiar e cultural que moldou o Brasil.

Vantagens de ter a cidadania italiana

Com o reconhecimento, é possível viver, estudar e trabalhar legalmente em qualquer país da União Europeia, além de transmitir esse direito aos descendentes.

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O legado da língua italiana no mundo

O italiano continua a ecoar em diferentes partes do planeta, seja nas ruas de Roma, nas praças de Lugano ou nos bairros italianos de São Paulo e Buenos Aires. É uma língua que carrega séculos de arte, fé, música e emoção.

A presença da língua italiana no mundo é prova de que cultura e identidade atravessam fronteiras.

E no Brasil, esse legado se manifesta todos os dias — no sotaque, nas receitas, nos gestos e nas famílias que ainda mantêm viva a herança dos antepassados vindos da península.

Mais do que um idioma, o italiano é um elo entre gerações. Um símbolo de pertencimento que conecta milhões de brasileiros às suas origens e abre novas portas por meio da cidadania italiana.