Você com certeza já deve ter se imaginado fazendo faculdade na Alemanha, não é?
O fim do programa Ciência sem Fronteiras deixou feridas que até hoje não se curaram, bem, ao menos para nós!
Mas para nossa sorte, sonhos como estudar em uma faculdade na Alemanha são cada vez mais comuns.
O país combina excelência acadêmica com a possibilidade de acesso gratuito ou a baixo custo, sendo uma das melhores escolhas para quem procura qualidade de ensino sem comprometer o bolso.
Neste artigo, você vai aprender a como estudar na Alemanha sem pagar mensalidade, quais os requisitos básicos para brasileiros, dicas sobre mestrado, Studienkolleg, o que é o Abitur, se o ENEM é válido para essas universidades e muito mais.

Faculdade na Alemanha para brasileiros
Que as faculdades alemãs são reconhecidas mundialmente nós já sabíamos, mas como estudar nesses lugares sendo brasileiro é a verdadeira pergunta.
A começar pelos requisitos básicos: não existem!
Para morar e estudar na Alemanha, tudo vai depender da universidade que você escolher, pois as instituições alemãs possuem autonomia para definir seus critérios de admissão.
Ok, pode parecer que demos de cara com a parede, mas não desanime! Ainda é possível que você estude no país germânico, e de graça!
É possível fazer faculdade na Alemanha sem pagar mensalidade?
Depende do que você considera mensalidade. Sei que é estranho, mas na Alemanha a maioria das universidades são gratuitas, ou seja, não cobram um valor fixo por mês.
Acontece que lá, as instituições escolares cobram uma taxa administrativa semestral, que varia entre 100€ e 350€. Esse valor serve para cobrir serviços básicos, como transporte e a própria infraestrutura da universidade.
Mas não vá achando que este valor é comum para todas.
Algumas universidades alemãs, principalmente aquelas presentes no estado de Baden-Württemberg, costumam cobrar taxas mais altas, nas quais estudantes que não fazem parte da União Europeia chegam a pagar 1.500€ por semestre.
É por esse e outros motivos que estudantes estrangeiros procuram por bolsas de estudo, como o DAAD (Deutscher Akademischer Austauschdienst).
Requisitos gerais para brasileiros
Para estudar na Alemanha como cidadão brasileiro, você precisa cumprir uma lista de requisitos, e de antemão já aviso que estes critérios podem variar entre graduação e pós-graduação.
No geral, eles seguem a seguinte estrutura:
- Visto de estudante;
- Comprovação de proficiência no idioma, seja para o alemão ou inglês;
- Seguro saúde;
- Comprovação de recursos financeiros;
- Histórico escolar; e
- Diploma.
Lembre-se também que, como estamos falando de instituições estrangeiras, seus documentos precisam estar devidamente apostilados e traduzidos por um tradutor juramentado alemão.
Visto de estudante, proficiência em alemão ou inglês, seguro saúde
Pois é, o visto de estudante só pode ser solicitado por brasileiros que pretendem estudar na Alemanha, independente do nível educacional, e que já tenha sido aceito pela universidade.
Nesse processo, você deve apresentar os documentos solicitados pelo Consulado Alemão no Brasil que atende a sua região.
Lembre-se! O visto geralmente é concedido com validade de até dois anos e pode ser renovado internamente no país.
Agora, falando de proficiência em alemão ou inglês, as universidades alemão geralmente reconhecem os seguintes certificados:
- Língua inglesa: IELTS, TOEFL e Cambridge;
- Alemão: TestDaF, Goethe-Zertifikat, Telc Deutsch C1 Hochschule e DSH.
Caso você já tenha conhecimento do idioma e não sabe onde realizar o exame de proficiência, o Goethe-Institut é um representante legal do governo alemão que promove esses exames e ainda fornece cursos seguindo o Quadro Europeu.
Não temos muito que dizer sobre o seguro saúde, além de que ele é obrigatório para emissão do visto e na matrícula universitária.
Você pode contratar via seguradoras alemãs especializadas em estudantes internacionais.
Cursos em inglês e alemão: qual escolher?
A decisão entre estudar em inglês ou alemão depende dos seus objetivos pessoais.
Por exemplo, se você quiser se tornar um médico, juiz, professor ou um simples farmacêutico, seu curso será inteiramente em alemão.
Isso porque essas profissões são regulamentadas no país e exigem domínio completo da língua para atuar legalmente e se comunicar com pacientes, alunos ou autoridades (também tem a questão da prova para exercer alguma dessas profissões, que existem apenas em alemão).
Agora, se o seu foco está em áreas mais globais, como negócios internacionais, engenharia, TI ou ciência de dados, há dezenas de cursos disponíveis em inglês, especialmente nos níveis de mestrado e doutorado.
Esses programas foram pensados para atrair talentos estrangeiros, principalmente brasileiros.
Reconhecimento do diploma brasileiro na Alemanha
Se você pretende estudar na Alemanha, autenticar o seu diploma pode ser seu primeiro passo em busca desse sonho.
Primeiro, você precisa verificar se seu curso e instituição estão listados no banco de dados Anabin, mantido pelo governo alemão. Lá, você encontrará um amontoado de informações, como:
- diplomas registrados com o selo H+ significam equivalência reconhecida;
- Os com “H±” exigem análise caso a caso;
- Os marcados como H– não são reconhecidos.
Se seu curso não estiver reconhecido, é preciso solicitar um certificado de equivalência junto à Zentralstelle für ausländisches Bildungswesen (ZAB), ligada à Conferência de Ministros da Educação da Alemanha.
A partir daí, será gerado um documento oficial que atesta se seu diploma pode ser aplicado em território alemão.
A taxa varia de aproximadamente €485 ao primeiro processo; diplomas adicionais custam cerca de €100 cada.
Além disso, o reconhecimento de diploma segue esta sequência:
- Apostilamento de Haia nos documentos emitidos no Brasil (diploma, histórico escolar, etc.).
- Tradução juramentada para o alemão.
- Envio ao ZAB (via correios ou portal online BundesID), acompanhado do formulário de solicitação e comprovante de pagamento;
- Recebimento do certificado de equivalência ou negativa.
Este procedimento pode levar até 90 dias úteis.
Vale lembrar também que, se sua intenção for apenas ingressar na universidade, o processo pode ocorrer via Uni-Assist, que aplica critérios parecidos, mas os trâmites da avaliação correm de forma mais rápida.
Ah! Antes que esqueça, algumas profissões como Medicina, Direito, Psicologia e Engenharias exigem não apenas o diploma, mas também o cumprimento de requisitos adicionais ou exames práticos, decididos pelos conselhos profissionais (como Ärztekammer ou Ingenieurkammer).
Como fazer faculdade na Alemanha de graça
Quando ouvimos que as instituições educacionais na Alemanha são gratuitas, as pessoas que dizem isto não estão 100% corretas.
Você realmente não paga mensalidade, mas as universidades cobram taxas administrativas obrigatórias, e devemos lembrar das despesas do dia a dia.
Pode parecer confuso, mas aguente firme que o nosso time de especialistas estudou muito essas nuances e está aqui para te explicar.
Diferença entre universidades públicas e privadas
A Alemanha, como o Brasil, conta com dois tipos de instituições de ensino superior: universidades públicas e privadas.
Ambas oferecem cursos de graduação, mestrado e doutorado, mas diferem bastante em estrutura, abordagem pedagógica e, principalmente, nos custos envolvidos.
As universidades públicas são financiadas pelos estados federais (os “Bundesländer”) e não cobram mensalidades.
Elas representam cerca de 90% das instituições no país e, dentre elas, conseguimos citar a universidade de Freie Universität Berlin, Ludwig-Maximilians-Universität München (LMU) e Heidelberg University.
Para conseguir gratuidade no ensino nestas instituições, basta seguir os requisitos de admissão, que podem incluir proficiência em alemão, notas mínimas no histórico escolar e tradução juramentada dos documentos.
Leia também: Qual é o custo de vida na Alemanha em 2025?
Já as universidades privadas, como a WHU – Otto Beisheim School of Management ou a Jacobs University Bremen, cobram sim mensalidades.
Logicamente a estrutura muda: turmas menores, infraestrutura mais moderna, programas com conexão ao mercado de trabalho e cursos majoritariamente em inglês.
Contudo, o custo para se manter numa dessas universidades é mais elevado: os valores variam de €5.000 a €20.000 por ano, o que pode pesar bastante no seu orçamento.
Como funcionam as taxas administrativas (Semesterbeitrag)
Vimos que, apesar do nome “gratuidade”, as universidades alemãs não funcionam inteiramente assim.
Elas cobram uma taxa, chamada Semesterbeitrag, para custear serviços básicos como transporte público ilimitado (dentro da cidade ou região), centros esportivos, restaurantes universitários, bibliotecas, seguro contra acidentes e suporte psicológico e acadêmico.
O valor varia de acordo com a universidade e a região, mas geralmente fica entre €100 e €350 por semestre.
Um exemplo: na Universidade de Leipzig, a taxa gira em torno de €250, enquanto em Munique pode ultrapassar os €300.
Apesar de você ter que desembolsar esse valor, ele é bastante acessível considerando que o passe de transporte mensal por si só pode custar cerca de €49 no modelo Deutschlandticket.
Bolsas de estudo disponíveis (DAAD, Deutschlandstipendium)
Mesmo com ensino gratuito, estudar e viver na Alemanha envolve custos com moradia, alimentação, seguro saúde e transporte.
Para aliviar essa carga, diversas bolsas de estudo estão disponíveis para estudantes estrangeiros, inclusive para nós brasileiros.
A principal organização responsável por bolsas acadêmicas é o DAAD (Deutscher Akademischer Austauschdienst), o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico.
O DAAD oferece centenas de programas de bolsas para graduação, mestrado, doutorado e pesquisa. Veja alguns exemplos:
- Bolsas para Mestrado: auxílio mensal de €934 a €1.200, passagem aérea, seguro saúde e isenção de taxas administrativas;
- EPOS – Development-Related Postgraduate Courses: voltado para cursos em áreas de desenvolvimento sustentável;
- Research Grants: para quem deseja fazer doutorado ou parte da pesquisa na Alemanha.
Outra opção é o Deutschlandstipendium, uma bolsa oferecida diretamente por algumas universidades em parceria com empresas.
Ela garante um auxílio financeiro de €300 mês/ano e é baseada no mérito acadêmico, engajamento social e desempenho pessoal.
A candidatura ocorre diretamente com a universidade, e apesar do baixo valor, o auxílio é bem competitivo.
Essas não são as suas únicas opções, você pode ir atrás de fundações religiosas como Friedrich Ebert Stiftung, Konrad Adenauer Stiftung e Heinrich Böll Stiftung, que também oferecem bolsas a estudantes com bom desempenho acadêmico.
Trabalhar durante a faculdade para ajudar no custo de vida
A legislação alemã permite que estudantes estrangeiros trabalhem legalmente para complementar sua renda.
Porém, as regras são claras:
- Só é possível trabalhar por até 120 dias completos ou 240 meio-dias por ano, o equivalente a 20 horas por semana durante o período letivo e férias.
É daí que muitos estudantes conseguem emprego como auxiliar de cozinha, garçom em restaurantes, monitor em laboratórios e bibliotecas universitárias, suporte técnico, as famosas au pair ou até mesmo como professor de idioma.
O salário médio para esse tipo de trabalho gira em torno de €10 a €14 por hora, dependendo da cidade. Munique, Frankfurt e Hamburgo, por exemplo, costumam ter um ganho por hora maior que outras cidades, mas este aumento também equivale ao custo de vida nessas cidades.
Além disso, muitos estudantes encontram vagas de HiWi (Hilfswissenschaftler), assistentes acadêmicos remunerados dentro da própria universidade.
Uma excelente forma de ganhar experiência e ainda manter-se no ambiente universitário.
Fazer faculdade na Alemanha com a cidadania europeia
Se você tem a cidadania europeia, seja a:
- italiana
- portuguesa
- espanhola
- alemã; ou
- Países da Europa, membro da União Europeia, estudar na Alemanha pode ser mais fácil do que você imagina.
Isso porque cidadãos desses países não precisam de visto ou qualquer outra permissão para morar, estudar ou trabalhar no país.
Com sua dupla cidadania em mãos, você pode se inscrever em universidades públicas sem passar pelos trâmites burocráticos que um estrangeiro seria obrigado.
Uma outra vantagem é que não há limite de horas de trabalho durante os estudos.
Ou seja, você conseguiria trabalhar tranquilamente num emprego integral ou de meio período (caso seja possível conciliar com as aulas).
Além disso, como não há necessidade de comprovar recursos financeiros em conta bloqueada nem apresentar seguro saúde privado ao estilo brasileiro, o processo de mudança se torna mais leve, rápido e econômico.
Essa é uma das várias razões pelas quais muitos brasileiros com descendência europeia buscam a dupla cidadania antes de iniciar o planejamento para estudar fora.
É para isso que a Cidadania4u existe! Hoje, nós somos referência no mercado e possuímos 100% dos nossos processos aprovados.
Se está em dúvidas de como pleitear sua cidadania, saiba que nossos especialistas já estão preparados para montar sua pasta e te atender da forma mais transparente possível
Mestrado na Alemanha
Já terminou sua graduação e quer continuar na vida acadêmica fora do Brasil? Meus parabéns!
Fazer seu mestrado na Alemanha será desafiador de duas formas: primeiro pela parte intelectual, pois se especializar requer muito conhecimento; segundo, pela diversidade cultural!
Vamos entender como fazer sua candidatura e quais as melhores áreas para brasileiros.
Quem pode se candidatar e principais requisitos
Para se candidatar a um mestrado na Alemanha, você precisa obrigatoriamente já ter um diploma de graduação (bacharelado ou licenciatura).
Mais do que isso, ele deve ser reconhecido pela universidade que você está pleiteando uma vaga; isto pode ser feito por meio do banco de dados Anabin ou por análise direta da universidade ou do sistema Uni-Assist.
Além disso, os requisitos mais comuns incluem:
- Certificado de proficiência em inglês (TOEFL ou IELTS) ou alemão (TestDaF, DSH, telc C1 Hochschule), dependendo do idioma do curso;
- Histórico acadêmico completo, com média final compatível com os critérios do programa;
- Carta de motivação, explicando por que você deseja fazer o curso e como ele se relaciona com seus planos profissionais;
- Currículo acadêmico/profissional (CV);
- Cartas de recomendação, especialmente em programas mais competitivos;
- Em alguns casos, proposta de projeto de pesquisa (especialmente nos cursos acadêmicos mais voltados para doutorado ou áreas teóricas).
Cumprir esses requisitos não é difícil, mas exige tempo e organização.
Por isso, tenha paciência! Pesquise pela universidade com o melhor programa, a cidade com um custo de vida que caiba no seu bolso e, por fim, pense no seu projeto de pesquisa.
Com o que você deseja trabalhar?
Você também pode se interessar por: Como conseguir a cidadania alemã?
Exigência de diploma de graduação, idioma e motivação
Pois é, assim como as universidades brasileiras, as instituições alemãs de ensino superior também exigem que, para você cursar um mestrado, tenha um diploma de graduação devidamente traduzido para o alemão e apostilado conforme a Convenção de Haia.
A carta de motivação é uma das partes mais importantes da sua candidatura: ela deve mostrar maturidade, coerência no plano de carreira e alinhamento com o curso escolhido.
Evite usar modelos feitos, ou até escritos por Inteligência Artificial.
Este é o momento em que você deve mostrar para a banca de qualificação o porquê eles devem ceder a vaga para você. Seja sincero consigo mesmo!
Melhores áreas para brasileiros (engenharia, TI, negócios)
As engenharias são, sem dúvida, uma das carreiras mais valorizadas na Alemanha, principalmente quando falamos das indústrias automotivas, que engloba mecânica e elétrica.
A área de Tecnologia da Informação (TI) também fica para trás.
Apesar da bolha dev sempre dizer que o mercado está inflado ou que não existem mais vagas, as empresas alemãs estão sempre em busca de profissionais que realmente tenham conhecimento de dados, programação e desenvolvimento de software.
O que pode barrar algumas pessoas é a fluência no alemão, por vezes um dos requisitos para conseguir o cargo.
Cursos voltados para negócios, economia e administração também demonstram grande procura, mais pela abordagem prática, preparando o aluno para atuar em startups e grandes corporações.
Mas, calma lá! Ainda há espaço para profissionais especializados em energias renováveis, meio ambiente e design urbano!
Candidatura via Uni-Assist ou diretamente nas universidades
Grande parte das universidades alemãs utiliza do Uni-Assist para receber e analisar candidaturas de estudantes estrangeiros.
Contudo, como você pode inferir, algumas instituições aceitam inscrições diretas, vindas de seu próprio site, o que pode ser mais rápido e até mesmo econômico.
Esse sistema cobra uma taxa inicial de €75 por candidatura, além de taxas adicionais por cada curso extra solicitado.
Para saber se a universidade de seu interesse utiliza o Uni-Assist, basta acessar a página oficial do curso desejado ou consultar o próprio portal Uni-Assist.
Vale ressaltar que o processo de candidatura para o mestrado começa com meses de antecedência ao início das aulas.
As chamadas geralmente abrem entre novembro e abril para cursos que iniciam no segundo semestre (outubro) e entre maio e julho para cursos do primeiro semestre (abril).
Faculdade na Alemanha: etapas e planejamento
Muitos brasileiros que conseguem estudar na Alemanha de forma tranquila têm um ponto em comum: começaram a se organizar com pelo menos um ano de antecedência.
Isso inclui não só a escolha do curso, mas também providenciar a tradução juramentada alemão e apostilamento dos documentos, certificar a proficiência no idioma, preparar currículo e carta de motivação, entender os tipos de visto, reunir a comprovação financeira e muito mais.
Como aplicar para universidades públicas
O primeiro passo é escolher o curso e verificar os requisitos específicos diretamente no site da universidade.
Feito isso, reúna esses documentos (histórico escolar, diploma de conclusão de curso, carta de motivação, currículo, comprovante de proficiência no idioma e, em alguns casos, cartas de recomendação).
Se a universidade for adepta ao Uni-Assist, faça sua inscrição por lá.
Caso não, confira se as candidaturas são feitas pelo site da instituição ou por outro lugar.
Após a submissão, você deverá receber um comprovante e, caso aprovado, uma carta de admissão. É a partir daqui que você vai atrás do seu visto de estudante.
Lembre-se que antes de todos esses passos você precisa ter em mente o seu projeto de pesquisa.
Exigência de tradução juramentada de documentos
Pois é, apesar de alguns países não exigirem que os documentos sejam traduzidos por um tradutor juramentado, a Alemanha não é um deles.
Ou seja, traduções juramentadas são obrigatórias para históricos escolares, diplomas, certidões e cartas oficiais.
Essas traduções devem ser feitas por um tradutor juramentado reconhecido em território brasileiro ou diretamente na Alemanha, por profissionais registrados em cartórios locais.
Além disso, os documentos precisam estar apostilados conforme a Convenção de Haia, garantindo sua validade internacional.
Atenção! Enviar documentos sem tradução ou com versões não oficiais pode invalidar a candidatura.
Seguro saúde, visto e comprovação financeira
Assim que você recebe a carta de admissão da universidade, é hora de preparar os documentos para seu visto de estudante.
A solicitação é feita junto ao Consulado da Alemanha no Brasil que atende o seu estado, e o agendamento deve ser feito com base nas instruções de cada um deles.
Felizmente nosso time está preparado! Leia nosso artigo completo sobre os Consulados da Alemanha no Brasil.
Ele pode ser contratado com seguradoras públicas ou privadas (como Mawista ou Care Concept), dependendo do perfil do aluno.
O valor médio gira em torno de €110 por mês.
Outro item obrigatório é a comprovação financeira, feita por meio da abertura de uma conta bloqueada (Sperrkonto) em um banco alemão autorizado.
O valor exigido atualmente é de cerca de €11.208, o suficiente para cobrir os custos de vida durante um ano. Esse valor deve estar depositado na conta antes da solicitação do visto.
Além desses, o consulado exige: carta de admissão da universidade, comprovante de residência no Brasil, formulário de solicitação preenchido, passaporte válido e comprovante do pagamento da taxa consular.
Você poderá acompanhar uma lista mais atualizada no site oficial das Representações da República Federal da Alemanha no Brasil.
Custo de vida nas principais cidades universitárias (Berlim, Munique, Frankfurt)
O custo de vida para estudantes na Alemanha varia bastante de cidade para cidade, como esperado. Em média, um aluno gasta entre €800 e €1.200 por mês, dependendo da região e do estilo de vida, mas o quanto esse valor mudaria em Munique, Berlim e Frankfurt? Vejamos:
- Berlim: o custo de vida gira em torno de €1.000 a €1.200 por mês, com aluguéis a partir de €500 para um quarto individual. Se estiver pensando em lazer, a cidade oferece eventos gratuitos, e moradias estudantis subsidiadas.
- Munique: apesar de possuir a melhor universidade do país, ela é uma das cidades mais caras da Alemanha. Os aluguéis para estudantes podem ultrapassar €700, e o custo mensal médio pode chegar a €1.500, mas possui maiores oportunidades de estágios e empregos de meio período.
- Frankfurt: o custo médio de vida é parecido com o de Berlim, girando em torno de €1.100 por mês.
Em todas essas cidades, estudantes matriculados em universidades públicas recebem auxílio de transporte, desconto em museus, cinemas, academias e outros serviços, equilibrando o custo de vida mensal.
Acesse: Mapa da Alemanha: regiões, cidades e dicas para quem quer visitar ou morar no País
Abitur Alemanha: o que é e como funciona
Boa pergunta! O Abitur é o diploma de conclusão do ensino médio alemão, comparável ao nosso ENEM em termos de comprovar o conhecimento adquirido ao longo do tempo.
Sem ele, o estudante não poderá cursar o ensino superior no país, sendo o documento um dos requisitos obrigatórios para a continuidade do ensino.
O Abitur é obtido após 12 ou 13 anos de estudos (dependendo do estado alemão) e inclui provas finais que avaliam o desempenho do estudante em diversas disciplinas, como matemática, línguas, ciências e história.
A nota obtida no Abitur não apenas garante o acesso à universidade, mas também influencia na escolha dos cursos e universidades, já que algumas instituições exigem notas mínimas em áreas específicas.
Mas como isso afeta os brasileiros que querem estudar na Alemanha? Vamos descobrir.
Equivalência com o ensino médio brasileiro
Infelizmente, o ensino médio brasileiro, por si só, não é considerado equivalente ao Abitur.
Isso significa que, em muitos casos, quem conclui o ensino médio no Brasil precisa passar por uma etapa a mais antes de ingressar diretamente em uma graduação na Alemanha: o Studienkolleg.
A equivalência parcial pode ocorrer quando o estudante brasileiro já completou pelo menos um ano de curso superior no Brasil.
Nesse caso, é possível ser aceito diretamente em universidades alemãs, desde que o curso desejado esteja na mesma área de estudos iniciada no Brasil.
Essa exceção, no entanto, depende da análise da universidade ou da plataforma Uni-Assist.
Quando o Abitur é necessário para estrangeiros
O Abitur é exigido para quem deseja fazer graduação completa na Alemanha e não possui formação escolar compatível com a desejada.
Isso inclui estudantes que não passaram por ensino médio europeu ou que não frequentaram escolas internacionais com currículos reconhecidos na Alemanha (como IB ou A-Level).
Por isso, muitos brasileiros que desejam ingressar diretamente no sistema educacional alemão optam por cursar o Studienkolleg.
Já em programas de mestrado ou doutorado, o Abitur não é necessário, pois o foco passa a ser o diploma universitário de graduação, devidamente reconhecido.
Alternativas ao Abitur para brasileiros
Como o Abitur não está disponível para brasileiros fora da Alemanha, há outras formas de comprovar a qualificação para o ensino superior.
A principal alternativa é o próprio Studienkolleg, um curso preparatório obrigatório para estudantes cujo diploma de ensino médio não é suficiente.
Outra possibilidade é completar pelo menos dois semestres de uma graduação no Brasil, na mesma área do curso desejado na Alemanha.
Com isso, a universidade pode aceitar o candidato como apto sem o Studienkolleg.
Studienkolleg Alemanha: o que é e quem precisa fazer
O Studienkolleg é basicamente um curso preparatório de um ano oferecido por instituições de ensino alemãs, voltado especialmente para estudantes internacionais que não possuem a formação escolar exigida para acesso direto às universidades do país.
Durante esse ano letivo, o aluno frequenta aulas intensivas nas áreas relacionadas ao curso que pretende seguir, como ciências exatas, biológicas, humanas ou economia, além de se aprofundar no idioma.
Ao final do Studienkolleg, é necessário passar em uma prova chamada Feststellungsprüfung (FSP), que funciona como uma espécie de “vestibular” e permite, caso você seja aprovado, a matrícula em universidades alemãs.
Leia também: Passaporte alemão: guia completo de como renovar no Brasil em 2025
O Studienkolleg não é apenas um curso de reforço:
- ele é obrigatório para a grande maioria dos brasileiros que querem estudar na Alemanha sem ainda ter cursado uma universidade no Brasil.
Existem dois tipos:
- Studienkolleg Universitário: prepara o aluno para universidades tradicionais (Universitäten), mais teóricas.
- Studienkolleg de Fachhochschule: voltado para faculdades de ciências aplicadas (UAS), com foco mais prático.
Passar no Studienkolleg pode ser difícil, e requer um bom nível de alemão (B1 ou B2), além de histórico escolar completo com boas notas.
O curso em si é gratuito nas instituições públicas, mas o estudante ainda precisa arcar com o Semesterbeitrag (a taxa semestral) e com os custos de vida durante esse período.
Muitos brasileiros que passaram por essa situação dizem que o Studienkolleg ajudou e muito na transição para a graduação, tornando o início do curso universitário muito mais tranquilo.
Cursos preparatórios obrigatórios para alguns estudantes internacionais
Quando o diploma brasileiro não é considerado equivalente ao Abitur, certificado de conclusão do ensino médio alemão, o estudante precisa passar por um curso preparatório.
O mais conhecido é o Studienkolleg, que dura cerca de um ano e oferece formação acadêmica e linguística voltada à área escolhida, como exatas, humanas, economia ou saúde.
Ao final do curso, o estudante faz a Feststellungsprüfung, uma prova que permite a entrada na universidade.
Existem outros tipos de Studienkollegs espalhados por todo o país, como os de Kaiserslautern, Marburg, Dresden, Mainz e o ESiSt da Universidade de Potsdam, que também oferecem programas alternativos focados em integração acadêmica.
Algumas universidades oferecem programas preparatórios próprios, especialmente em inglês, voltados para estudantes internacionais que já têm certa base acadêmica, mas precisam reforçar o idioma ou se adaptar ao modelo de ensino alemão.
Universidades públicas na Alemanha: como funcionam
As universidades públicas alemãs são financiadas pelo governo e, por isso, não cobram mensalidades, restando ao aluno arcar com a taxa administrativa Semesterbeitrag, que varia de €100 a €350.
Além do custo reduzido, as universidades públicas alemãs se destacam pela infraestrutura e parcerias com centros de pesquisa e grandes empresas.
Muitas delas estão presentes em rankings internacionais, como a Universidade de Heidelberg, LMU Munique, RWTH Aachen e Universidade de Freiburg.
Além disso, você pode estranhar o quadro de horário das aulas, que acontecem num período integral, a falta de listas de presença, a quantidade de avaliações reduzidas a somente uma e, por fim, o sistema de pontuação, sendo 1 a nota máxima e 6 a pior nota possível.
Exigências mínimas e processo seletivo
Para estudantes internacionais, o processo de admissão avalia a equivalência do diploma de ensino médio (ou superior, no caso de mestrado), a proficiência no idioma (alemão ou inglês) e o desempenho acadêmico.
Diferente do Brasil, não existe vestibular, mas algumas instituições aplicam provas específicas ou exigem que o estudante tenha concluído o Studienkolleg e a Feststellungsprüfung.
Já para o mestrado, o processo envolve análise de currículo, histórico, cartas de motivação e, em alguns casos, uma entrevista online.
Lista de universidades públicas populares entre brasileiros
A Alemanha possui mais de 100 universidades públicas espalhadas por todas as regiões. O top 5 entre os brasileiros são:
- Freie Universität Berlin (FU Berlin)
- Ludwig-Maximilians-Universität München (LMU)
- Technische Universität München (TUM)
- Universität Heidelberg
- Universität Leipzig
Qualidade do ensino e reconhecimento internacional
Como falamos anteriormente, a Alemanha é dona de várias universidades mundialmente conhecidas, por exemplo: a LMU München (Universidade de Munique), a Universidade de Heidelberg e a TU Berlin.
Esse padrão de excelência não passa despercebido.
Os diplomas alemães são reconhecidos, valorizados mundo afora. Para nós, brasileiros, isso representa não só uma qualificação de peso, mas também um diferencial em qualquer lugar do mundo.
Faculdade na Alemanha para brasileiros: universidades aceitam o ENEM?
Não. Infelizmente as universidades alemãs não aceitam o ENEM como meio de entrada.
Isso acontece pois o ensino médio brasileiro é menor que o alemão, e ao concluir, não recebemos o Abitur.
Então, se você não estudou num colégio alemão no Brasil que oferece esse certificado, você só poderia cursar o ensino superior na Alemanha por meio do Studienkolleg, como mencionado anteriormente, ou transferência entre universidades.
Leia: Netos e bisnetos de alemães têm direito à cidadania alemã?
Quando o ENEM é aceito como critério de admissão
Nunca. Pode ser duro, mas essa é a verdade.
Até o momento, nossos especialistas não encontraram nenhuma universidade alemã pública que aceite o ENEM como critério de admissão, restando apenas o Abitur e o Studienkolleg.
Conclusão
Desde o primeiro passo, entender os requisitos de idioma, visto, comprovação financeira, até a adaptação ao ritmo acadêmico alemão, o processo de estudar na Alemanha exige esforço.
Mas, como vimos, é preciso se preparar com cuidado e conhecer bem cada etapa.
A Alemanha é um dos melhores destinos de ensino superior gratuito no mundo
Quer estudar fora, com qualidade internacional e sem gastar uma fortuna? A Alemanha é uma das raras oportunidades no mundo onde isso é possível.
As universidades públicas alemãs oferecem cursos gratuitos, com estruturas modernas, professores qualificados e forte integração com o mercado de trabalho.
São mais de 100 instituições espalhadas pelo país, com programas em inglês e alemão, que não cobram mensalidade nem mesmo de alunos estrangeiros.
Se você procura custo-benefício de verdade, esse é o destino certo.
O planejamento adequado é a chave para ser aceito
Embora estudar na Alemanha seja acessível financeiramente, o processo exige organização.
O estudante precisa reunir documentos com tradução juramentada, comprovar nível de idioma, entender como funciona o Studienkolleg ou a aplicação direta via Uni-Assist, além de se preparar para viver em outro país com cultura, clima e burocracia diferentes.
Quem começa cedo e pesquisa com atenção, não tem problemas.
O sucesso da candidatura depende menos de sorte e mais de preparo, e isso está ao alcance de qualquer brasileiro disposto a fazer o mínimo necessário.
Dessa forma, saiba como solicitar um Visto de Estudante na Alemanha.
Com ou sem ENEM, há caminhos possíveis para brasileiros
Mesmo que o ENEM não seja aceito pelas universidades alemãs, isso está longe de ser um obstáculo definitivo. Nós brasileiros podemos ingressar no ensino superior alemão de várias formas:
- fazendo o Studienkolleg, comprovando um ano de graduação no Brasil, utilizando a cidadania europeia (caso tenham direito); ou
- até participando de programas internacionais preparatórios.
Cada caminho tem suas exigências, mas todos levam a um destino comum: uma universidade respeitada, com ensino gratuito e portas abertas para um futuro na Europa.
O mais importante é saber que existe um caminho para você, e que começar a se informar e se organizar é o primeiro passo para este sonho realidade.
Conqusite sua cidadania alemã. Conquiste o mundo!
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