Você já reparou no mapa da Itália? Parece uma bota chutando o mar mediterrâneo e, de fato, esse formato virou até apelido carinhoso do país (País da Bota). Mas por trás desse salto estiloso, está um dos destinos mais fascinantes do mundo, recheado de história, gastronomia, arte, natureza e, claro, muita personalidade.
Neste guia, você vai entender como o mapa político da Itália está dividido, o que torna cada região italiana especial, como montar um roteiro pela Itália e por que a cidadania europeia pode ser sua maior aliada nessa aventura. E se você ainda não tem o passaporte vermelho, este artigo pode te convencer a correr atrás dele.
Mapa da Itália: conheça a geografia e diversidade do país
Pode parecer clichê, mas a Itália realmente é um quebra-cabeças, cheio de paisagens, sotaques e diversos sabores. Quando a gente olha para o mapa da Itália, já percebe que o país é… diferente: um território em forma de bota, com montanhas ao norte, colinas ao centro e duas ilhas ao sul, para completar o encanto.
Apesar de pequeno, o país italiano é marcado por extremos. No norte, os Alpes e os Apeninos desenham fronteiras naturais e garantem invernos mais frios e paisagens que lembram a Suíça. Já no sul, o calor domina boa parte do ano e cria o ambiente ideal para olivais, praias e aquele clima descontraído que a gente associa à dolce vita.
Mas não é só a natureza que muda. A Itália é dividida em 20 regiões, cada uma com autonomia em áreas como cultura, educação e turismo. Essas regiões são divididas em províncias, algo parecido aos estados brasileiros e, por fim, em cidades e comunas (nossos municípios!).
Vamos entender um pouco mais sobre o formato de Itália e sua divisão política, leia abaixo.
O formato da Itália e sua divisão política
Você já deve conhecer a Itália, às vezes não pela cultura ou pela língua, mas sim pelo seu formato. Afinal, quem nunca ouviu dizer que o país parece uma bota? Pois é, o país, apesar da sua forma, se estende do coração da Europa até o mar Mediterrâneo.
A Itália chutou até o nosso querido Pica-pau, veja só:
Quantas regiões tem a Itália?
Ela é dividida em 20 regiões, cada uma com características bem distintas, como se fossem pequenos estados. Elas formam 119 províncias, 110 considerando também o Vale de Aosta, e mais de 8100 comunas. Sim, comunes; comuni, como você já deve ter ouvido falar, é o plural de comunes.
Cada camada administrativa tem suas próprias funções e sua importância na política do país, especialmente quando falamos de registros civis, serviços públicos e tradições locais.
Veja todas as regiões e suas respectivas capitais:
- Abruzos – capital: L’Aquila
- Basilicata – capital: Potenza
- Calábria – capital: Catanzaro
- Campânia – capital: Nápoles
- Emília-Romanha – capital: Bolonha
- Friuli-Veneza Júlia – capital: Trieste
- Lácio – capital: Roma
- Ligúria – capital: Gênova
- Lombardia – capital: Milão
- Marcas – capital: Ancona
- Molise – capital: Campobasso
- Piemonte – capital: Turim
- Apúlia – capital: Bari
- Sardenha – capital: Cagliari
- Sicília – capital: Palermo
- Toscana – capital: Florença
- Trentino-Alto Ádige – capital: Trento
- Úmbria – capital: Perugia
- Vale de Aosta – capital: Aosta
- Vêneto – capital: Veneza
Diferença entre regiões, províncias e cidades
Nós já fizemos algumas referências, mas para que você entenda melhor, veja:
- Regiões italianas se equivalem aos estados brasileiros;
- As províncias, de outro lado, são compostas por várias comunes (municípios);
- Comunes são a menor unidade administrativa na Itália, são parecidas com municípios menos, às vezes comparados até com cidades brasileiras.
A divisão do mapa em Norte, Centro e Sul
Assim como o Brasil é dividido em regiões, a Itália também é. Embora todas façam parte de um mesmo país, cada uma dessas regiões tem alma própria.
O Norte da Itália é a parte mais industrializada e desenvolvida economicamente. Aqui, estão cidades como Milão, Turim e Bolonha, centros de negócios, moda, design e inovação. É também a região mais próxima dos Alpes, com um clima mais frio e paisagens montanhosas, com vinhedos e lagos que encantam os olhos de vê.
O Centro da Itália, por sua vez, é o coração cultural do país. Roma, a capital do país, está aqui: cheia de ruínas romanas, igrejas barrocas e praças movimentadas. Florença, berço do Renascimento, também é parte desse centro vibrante. Essa região mistura tradição e modernidade, história e arte, política e fé, tudo em um só lugar. É onde o charme italiano pulsa de forma mais equilibrada.
Já o Sul da Itália é mais calorento, e os custos são mais acessíveis em comparação a outras regiões. Também podemos dizer que o sul italiano é o pai da pizza napolitana e a pasta alla norma, moldado por influências árabes, gregas, romanas e espanholas.
Mas, já que começamos a falar de comida, vamos entender um pouco mais sobre o clima, cultura e gastronomia de cada uma dessas regiões?
Leia também: O que fazer na Itália: melhores lugares para conhecer
Clima, cultura e gastronomia por região
Mesmo num país pequeno como a Itália, ainda podemos ter variações climáticas, diversidade cultural e até diferentes gastronomias, dependendo da região. Isso pode acontecer tanto pela proximidade dos países vizinhos que, você queira ou não, são muito fortes em relação à cultura e gastronomia.
No norte do país, por exemplo, o clima é predominantemente temperado, com invernos frios e verões amenos, especialmente nas áreas alpinas. As paisagens são compostas por montanhas cobertas de neve e lagos cristalinos, e graças a suas fronteiras, possui uma forte herança austro-germânica, a qual podemos ver tanto na arquitetura quanto no comportamento mais reservado das pessoas.
O centro, de maneira mais equilibrada, possui verões quentes e invernos mais brandos. É também a casa de Dante Alighieri, Michelangelo e Leonardo da Vinci, ou seja, riquíssima quando falamos de arte, história e literatura. Aqui, a tradição renascentista pulsa em cada esquina. Na mesa, a Toscana e o Lácio brilham com pratos como pappardelle al ragù, porchetta, queijos pecorino e vinhos renomados como Chianti e Brunello di Montalcino.
Por último, o sul italiano é caloroso em todos os sentidos: verões secos e longos, moradores mais abertos à turistas… e a culinária não fica atrás! Parece uma bomba de felicidade: tomates frescos, azeites, frutos do mar, massas artesanais e doces feitos com amêndoas, ricota e frutas cítricas. Se você estiver planejando uma viagem ao país da bota, prepare-se para voltar com uns quilinhos a mais, hein! rsrsrsr
Estilos de vida e sotaques distintos
Assim como a culinária, os estilos de vida e os sotaques existem, mas não vão te machucar! Como vimos acima, os cidadãos italianos do norte da Itália costumam ser um pouco mais reservados. Os sotaques também costumam ser mais fechados, com uma leve influência germânica: cerca de 35% da população de Trentino-Alto Ádige também fala alemão.
Contudo, com todo país, também existem aquelas pessoas mais descontraídas, que realmente vivem o arquétipo do itliano comunicativo. Na região do centro da Itália, nas cidades de Roma, Florença e até Perugia, o tempo parece fluir entre cafés ao ar livre e caminhadas por ruas históricas. Seus cidadãos são mais expressivos, talvez pela constante inspiração cultural que rodeia a região, e o sotaque é aquele que conhecemos como “clássico”, o que aprendemos nas aulas de italiano mundo afora.
Já o sul, bem, é aqui que o tempo desacelera de verdade. Vizinhos conversam pelas, sacadas, as pessoas parecem ter mais gosto em te cumprimentar e falar com você… é realmente uma experiência à parte. Agora, falando de sotaques, os sulistas falam de uma forma mais cantada, com vogais abertas; os napolitanos, por exemplo, parecem falar uma língua diferente!
Regiões da Itália no mapa: o que visitar em cada uma
Se você tem cidadania italiana ou planeja visitar o país com calma, conhecer o que cada parte da Itália tem a oferecer é o primeiro passo para montar um roteiro inesquecível. Ao todo, a Itália possui 20 regiões, divididas entre o norte, o centro e o sul. Vamos descobrir o que visitar e explorar em cada uma dessas regiões?
Norte da Itália
É aqui que o país revela seu lado mais moderno, mas também preserva cidades com séculos de história e paisagens de tirar o fôlego.
Lombardia, Vêneto, Piemonte, Emilia-Romagna
Lombardia tem Milão como seu epicentro, e mesmo com tantos projetos, é capital da moda e do design, além de museus como o Leonardo da Vinci Science and Technology Museum. Felizmente, para nós, a região também abriga o Lago de Como, cidades medievais como Bergamo e vinhedos, da Franciacorta.
Vêneto, como o nome já indica, é famosa por abrigar Veneza, a cidade flutuante que continua encantando viajantes de todo o mundo com seus canais, pontes e palácios renascentistas. Mas o Vêneto vai muito além da Sereníssima: Verona, a cidade de Romeu e Julieta, tem um charme medieval e uma Arena romana ainda ativa. Outros lugares, como Padova e Vicenza, também costumam agradar os turistas com seus pilares arquitetônicos.
Piemonte abriga a primeira capital do país, Turim, e hoje é referência em design automotivo e cultura cafeeira. A região também é sinônimo de trufas brancas, vinhos como Barolo e paisagens bucólicas nas Langhe, que, além de tudo, são patrimônio da UNESCO.
Se você já ouviu dizer que Bolonha, Parma e Modena são berços de delícias como o queijo parmesão, o presunto e o famoso vinagre balsâmico, saiba que estas cidades, ou comunes, fazem parte da região de Emilia-Romagna. A região é dona de vilas medievais que ainda estão bem preservadas, universidades e tradições culinárias que apelam para o coração de qualquer um.
Destaques turísticos e econômicos
Você quer curiosidades? Pois bem:
- O norte da Itália é o que move o país, tanto no turismo quanto na economia.
A região é responsável por boa parte do PIB italiano, abriga sedes de grandes empresas, centros de pesquisa e é pioneiro em setores como moda, engenharia, alimentos e tecnologia;
- Milão é um dos principais destinos turísticos da Europa;
- Veneza atrai milhões de turistas por ano;
- As rotas dos lagos, como os lagos de Garda, Como e Maggiore, são refúgios naturais procurados durante o verão europeu. Já no inverno, os Alpes e os Dolomitas movem o turismo local.
Centro da Itália
O centro da Itália é pura história, mas concretizada. Quando falamos de acontecimentos históricos, foi aqui que aconteceram; Império Romano, Renascimento, Igreja Católica… andar por suas ruas é caminhar pelos museus na Europa a céu aberto mais incríveis. Sem mais delongas, vamos conhecer os destaques dessa região!
Toscana, Lácio, Úmbria
Toscana é provavelmente a região mais icônica da Itália. Florença, sua capital, é considerada o berço do Renascimento e oferece tesouros como a Galeria Uffizi, o Duomo e a Ponte Vecchio.
Lácio, mais conhecida como mãe de Roma, é o epicentro da história ocidental. A Cidade Eterna fala por si só com o Coliseu, o Fórum Romano, o Vaticano e incontáveis igrejas, fontes e praças. Mas o Lácio também surpreende fora da capital: vilas como Tivoli e Viterbo, com suas termas e palácios, oferecem uma experiência igualmente rica.
Úmbria, por vezes ofuscada pela fama da Toscana, é conhecida como o coração verde da Itália. Se você busca por espiritualidade, natureza e afins, este é o lugar perfeito para a sua viagem. Assis, cidade natal de São Francisco, é o destino mais conhecido. Perugia, Spoleto e Orvieto também oferecem experiências (e menos lotadas, se me permite dizer).
Cidades históricas e patrimônio cultural
É impossível falar do centro da Itália e não pensar que é uma aula de história ao vivo. Roma, Florença, Pisa… os nomes simplesmente não acabam. Afinal, foi aqui que nasceram gênios como:
Cada monumento tem um contexto, cada praça carrega um simbolismo, e cada palácio renascentista ainda emana o poder e a arte de sua época.
Sul da Itália
Ah, o sul! Praias da Itália, sol, pessoas com uma alma mais afetiva… aqui, cada cidade guarda uma história milenar, e sua paisagem é digna de uma beleza hipnotizante. Alguns dizem que o norte te conquista pela elegância, o centro pela arte, já o sul te conquista pelo coração.
Vamos conferir se isso é verdade?
Campânia, Calábria, Sicília, Sardenha
Campânia é sinônimo de Nápoles, a cidade onde nasceu a pizza napolitana e onde estão as ruínas de Pompéia, sem esquecer, é claro, da Ilha de Capri e sua famosíssima Gruta Azul.
A ponta da bota, mais conhecida como região da Calábria, não tem seu devido reconhecimento. Praias intocadas, vilas montanhosas, culinária extravagante e um forte senso de identidade local fazem dela uma escolha perfeita para quem quer fugir do óbvio.
Sicília, a maior ilha do Mediterrâneo, é quase um mundo à parte. Mesmo que você não conheça a região, você provavelmente já ouviu falar de Palermo, seja a cidade ou o personagem da série La Casa de Papel, da Netflix. Sabe o vulcão Etna, o mais ativo de toda a Europa fora da região do Cáucaso, e um dos mais altos do mundo? Pois é, estes são apenas alguns dos destaques de Sicília.
Por fim chegamos a Sardenha, famosa por suas praias paradisíacas de areia branca e águas azul-esmeralda. A ilha possui sua língua própria, o sardo, que se originou de uma forma bastante peculiar, visto que a ilha fica isolada do restante do país. Além disso, ela conta com sítios arqueológicos pré-históricos e uma culinária de dar água na boca, com queijos curados, carnes grelhadas e vinhos fortes.
Belezas naturais e influências mediterrâneas
De forma geral, toda a Itália foi, em algum momento da história, influenciada por outras culturas, sejam elas grega, árabe (pelos 800 anos de domínio da península ibérica) e até espanhola. Apesar disso, o país não sai perdendo em nada: sol abundante, mar cristalino, montanhas dramáticas e um modo de vida que gira em torno do prazer de viver bem.
E se você tem cidadania europeia, pode explorar tudo isso sem pressa, aproveitando o melhor de cada canto com total liberdade! Veja mais no nosso artigo COMPLETO: Descubra agora se você tem direito à cidadania italiana.
Mapa turístico da Itália: como montar seu roteiro
Montar um roteiro de viagem pela Itália pode ser tão prazeroso quanto a própria viagem, principalmente quando você tem à disposição um mapa turístico da Itália para guiar seus passos. O verdadeiro desafio não é decidir se você deve visitar a Itália, mas sim por onde começar.
Melhores cidades para incluir no seu planejamento
Escolher as cidades certas para visitar na Itália é como montar um quebra-cabeça onde cada peça revela uma nova faceta do país. O ideal é equilibrar locais mundialmente famosos com destinos menos turísticos.
Roma, Florença, Veneza, Milão, Nápoles
Roma, a cidade eterna, é obrigatório que esteja no seu roteiro. Coliseu, Basílica de São Pedro, Fontana di Trevi… você não pode dizer que foi para a Itália e não passar por estes lugares.
No coração da Toscana, Florença é pura arte e elegância. a cidade onde nasceu o Renascimento italiano transborda cultura em cada igreja, palácio e museu. A Galeria Uffizi, o Duomo e a Ponte Vecchio são apenas o começo. Anote esses nomes!
Veneza, por sua vez, oferece uma experiência única. Suas gôndolas, canais e praças encantam desde o primeiro olhar. Mas para além dos pontos turísticos tradicionais, há becos silenciosos e ilhas vizinhas, como Murano e Burano, que revelam a alma da cidade.
Milão já engana muito bem quem pensa que a cidade é negócios. O Duomo gótico, a Última Ceia de Da Vinci e as passarelas de moda fazem da capital da Lombardia um destino moderno e cultural ao mesmo tempo.
Mas se você quiser saborear a melhor pizza do mundo de frente para o mar, você não pode deixar de visitar Nápoles. Além da gastronomia e das belas paisagens, você também consegue explorar as ruínas de Pompeia e subir o Vesúvio.
Além dessas, inclua no seu roteiro cidades como:
- Bolonha;
- Verona, onde Shakespeare ambientou Romeu e Julieta;
- Lecce, no sul, com sua arquitetura barroca;
- Gênova; e
- Turim.
Roteiros temáticos (gastronômico, histórico, cultural)
Ao invés de simplesmente seguir os lugares turísticos mais populares, você pode criar um itinerário personalizado que combine com seus gostos e interesses, sejam eles gastronômicos, históricos ou culturais.
Claro que não podemos falar da Itália e esquecer a pizza, mas um risoto alla milanese e o ossobuco em Milão, ou os queijos curados e polentas do Vêneto e do Piemonte também devem fazer parte da sua roadtrip culinária.
Agora, se você for realmente um aficionado com períodos históricos, Pompeia, Roma e os museus de Florença não são uma opção, são requisitos básicos de viagem. Num lugar o tempo parou, nos outros, a Idade Média, o Renascimento e o Barroco estão todos presentes, prontos para serem revividos por meio da arquitetura e da arte.
Dicas de transporte e deslocamento por regiões
Nós falamos diversas vezes que a Itália é um país pequeno, mas não se engane. Ele é pequeno se o compararmos com o Brasil, Rússia, Canadá… mas entre os Alpes do norte e o sol da Sicília no sul, existem grandes distâncias e muitas opções de locomoção.
Felizmente, para nós, a Itália possui uma infraestrutura excelente, especialmente para quem deseja circular por suas regiões com conforto e muita economia. Você pode escolher entre trens, carros, voos internos, balsas e até ônibus, caso seja do interesse.
Por exemplo, os trens italianos cobrem praticamente todo o país, com linhas regionais que atendem cidades menores e outros vilarejos. São mais lentos, mas são ótimos para quem quer explorar o da Toscana, da Úmbria ou até os Alpes italianos.
Viajar para a Itália com a cidadania europeia
Viajar pela Itália já é, por si só, uma experiência marcante, mas quando você tem cidadania europeia, esse sonho se torna ainda mais prático, acessível e cheio de possibilidades.
Vantagens do passaporte europeu na Itália
Ter um passaporte europeu pode facilitar (e muito!) o acesso aos melhores museus na Europa, além de permitir uma vivência cultural mais profunda, sem as limitações de visto ou tempo de permanência.
Ele é mais que um documento, é uma chave que abre portas para a mobilidade, educação, trabalho e imersões culturais sem prazo de validade.
Você também pode se interessar por: Como tirar o Passaporte Italiano: Entenda o que é preciso para realizar o processo!
Entrada sem burocracia e permanência ilimitada
Com o passaporte europeu, você pode entrar e sair da Itália, e de qualquer outro país da União Europeia, sem visto, sem limite de tempo e sem precisar justificar sua viagem.
Por exemplo, você pode viajar a turismo, visitar parentes, estudar ou trabalhar, tudo de forma simplificada. Quer passar um mês em Roma e depois seguir para Paris? Tudo bem. Quer ficar seis meses na Toscana estudando italiano? Também pode.
Estudo, trabalho e mobilidade facilitados
Quem viaja com passaporte brasileiro pode permanecer no Espaço Schengen por, no máximo, 90 dias em um período de 180 dias. Isso restringe o tempo de exploração e exige correria no roteiro.
Com cidadania europeia, não há esse limite! Você pode morar meses em uma cidade, visitar museus com calma, participar de eventos culturais locais, frequentar bibliotecas históricas e até se voluntariar em centros culturais.
Em adição a isso, ter a cidadania europeia lhe dá o direito de estudar em escolas e universidades públicas ou privadas com os mesmos benefícios dos cidadãos locais, incluindo bolsas, mensalidades reduzidas e acesso a programas de intercâmbio.
Você também pode trabalhar legalmente em qualquer país do bloco, inclusive na Itália, sem precisar de visto de trabalho. Isso se estende a abrir empresa, realizar estágio, prestar concurso público (quando permitido) ou mesmo trabalhar remotamente para outro país da UE.
Já pensou em ganhar em euro? Pois é, essa é uma realidade cada vez mais próxima.
Explorar a Itália com calma e liberdade
Sem a pressão de “voltar logo para casa”, você pode montar roteiros com mais calma, evitar a alta temporada, passar mais tempo em cidades pequenas e ter a vivência de um italiano em seu país local.
Acesso a benefícios e serviços como cidadão europeu
Com a cidadania italiana, você pode usar o sistema de saúde pública, abrir conta em banco, alugar imóvel com menos burocracia e até participar de iniciativas culturais e sociais. Você terá direito de participar das eleições e terá maior proteção consular, caso necessite.
O fato é que o passaporte europeu facilita sua entrada em diversos países fora da Europa, como Estados Unidos, Canadá, Japão, Emirados Árabes Unidos, Austrália e Nova Zelândia, onde normalmente os brasileiros precisam de visto ou autorização especial. Basta mostrar o passaporte vermelho e seguir viagem, ele é aceito em mais de 190 países!
Curiosidades sobre o mapa da Itália
Que o mapa da Itália é um verdadeiro recorte histórico nós já sabemos, mas você quer descobrir outras curiosidades sobre ele? Continue a leitura.
Por que a Itália tem formato de bota?
A Itália tem formato de bota por causa da sua localização e formação geológica ao longo de milhões de anos. Agora, falando de uma forma mais técnica, essa formação é o resultado da movimentação das placas tectônicas africana e euroasiática.
A pressão entre essas placas deu origem aos Alpes no norte e ao Apeninos, cadeia montanhosa que percorre todo o “cano” da bota até a “ponta do pé”, na Calábria.
Regiões autônomas e suas particularidades
Nem todas as partes da Itália seguem exatamente o mesmo modelo político-administrativo. Cinco regiões do país têm status de autonomia especial: Sicília, Sardenha, Trentino-Alto Ádige, Friuli-Venezia Giulia e Valle d’Aosta.
Essas regiões têm autonomia maior em áreas como educação, transporte e administração de impostos, e isso se deve, em grande parte, à presença de minorias linguísticas, geográficas ou culturais distintas do restante do país.
A Sardenha preserva a língua sarda; a região de Trentino-Alto Ádige é bilíngue, com o italiano e alemão e forte influência austríaca; no Vale d’Aosta, o francês é uma língua recorrente e o território está encravado nos Alpes; a Sicília, com seu passado árabe e normando, possui parlamento próprio; e a região de Friuli-Venezia Giulia é uma verdadeira encruzilhada de culturas latinas, eslavas e germânicas.
A evolução do mapa da Itália ao longo da história
A Itália que conhecemos hoje é, de certo modo, jovem. Sua unificação como Estado ocorreu apenas em 1861 e, antes disso, o território era um mosaico de reinos, ducados, estados papais e repúblicas independentes, como Veneza, Gênova, Florença e o Reino das Duas Sicílias.
Se você não sabia, a cidade de Roma só foi integrada em 1870, com a queda dos Estados Pontifícios. Até então, a capital da Itália era outra, Turim, até que passou para Florença e finalmente Roma.